Evo Morales defenderá folha de coca em reunião da ONU sobre drogas
Morales defenderá em reunião da Comissão de Drogas da ONU o uso tradicional da folha de coca na Bolívia
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2012 às 11h48.
Viena - O presidente da Bolívia, Evo Morales, protagoniza nesta segunda-feira em Viena a abertura da Comissão de Drogas e Entorpecentes da ONU, na qual defenderá a descriminalização da folha de coca para usos tradicionais em seu país.
Morales será o primeiro líder a discursar na abertura da reunião, que debaterá até a próxima sexta-feira a situação das políticas sobre drogas no mundo.
Segundo a ONU, além do presidente boliviano está previsto que o vice-presidente de Honduras, Víctor Hugo Barnica, o ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, e o secretário de Estado de Serviços Sociais e Igualdade espanhol, Juan Manuel Moreno Bonilla, falem na sessão inaugural do encontro, entre outras personalidades.
Em junho do ano passado a Bolívia decidiu se retirar da Convenção Única sobre Drogas e Entorpecentes da ONU, argumentando que o órgão veta a mascagem da folha de coca ou 'acullico' ao classificar essa planta como entorpecente e submetê-la a controle internacional.
No mesmo dia em que a medida entrou em vigor, 1º de janeiro deste ano, La Paz voltou a solicitar sua adesão à Convenção, mas com uma ressalva sobre a proibição do uso da folha de coca na Bolívia para fins tradicionais.
Ainda reconhecendo a legalidade do processo, tanto o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), quanto a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), que zela pelo cumprimento dos tratados, lamentaram a iniciativa afirmando que abala a unidade e universalidade das normas antidrogas.
O governo boliviano reivindica que a folha, em seu estado natural, não é uma droga, e que desde tempos ancestrais é mascada e utilizada em outros fins tradicionais sem causar danos à saúde.
Morales também defenderá na ONU os avanços do país na luta contra o narcotráfico e o 'permanente compromisso' de La Paz no combate às drogas, segundo um comunicado divulgado pela embaixada do país em Viena.
Esta será a segunda ocasião na qual o presidente da Bolívia discursa diante da Comissão de Drogas e Entorpecentes. A primeira foi em 2009, quando defendeu em plenário as virtudes da planta enquanto segurava uma folha de coca na mão, que depois mascou.
Os 184 países que fazem parte da Convenção Única sobre Drogas e Entorpecentes têm até janeiro de 2013 para decidir sobre a readmissão da Bolívia, que deve ser submetida à votação no Conselho Econômico e Social da ONU.
Se um terço das nações rejeitar a ressalva, o país andino não recuperará sua condição de Estado-membro da Convenção.
Com 31 mil hectares semeados, a Bolívia é o terceiro maior produtor de folha de coca do mundo, depois da Colômbia e do Peru, dos quais 12 mil são legais e destinados a usos tradicionais.
A Comissão de Drogas e Entorpecentes debaterá até sexta-feira assuntos como a cooperação internacional na luta contra o narcotráfico, a prevenção do desvio de substâncias químicas para a fabricação de drogas, assim como aspectos relacionados à proteção da saúde pública.
Viena - O presidente da Bolívia, Evo Morales, protagoniza nesta segunda-feira em Viena a abertura da Comissão de Drogas e Entorpecentes da ONU, na qual defenderá a descriminalização da folha de coca para usos tradicionais em seu país.
Morales será o primeiro líder a discursar na abertura da reunião, que debaterá até a próxima sexta-feira a situação das políticas sobre drogas no mundo.
Segundo a ONU, além do presidente boliviano está previsto que o vice-presidente de Honduras, Víctor Hugo Barnica, o ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, e o secretário de Estado de Serviços Sociais e Igualdade espanhol, Juan Manuel Moreno Bonilla, falem na sessão inaugural do encontro, entre outras personalidades.
Em junho do ano passado a Bolívia decidiu se retirar da Convenção Única sobre Drogas e Entorpecentes da ONU, argumentando que o órgão veta a mascagem da folha de coca ou 'acullico' ao classificar essa planta como entorpecente e submetê-la a controle internacional.
No mesmo dia em que a medida entrou em vigor, 1º de janeiro deste ano, La Paz voltou a solicitar sua adesão à Convenção, mas com uma ressalva sobre a proibição do uso da folha de coca na Bolívia para fins tradicionais.
Ainda reconhecendo a legalidade do processo, tanto o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), quanto a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), que zela pelo cumprimento dos tratados, lamentaram a iniciativa afirmando que abala a unidade e universalidade das normas antidrogas.
O governo boliviano reivindica que a folha, em seu estado natural, não é uma droga, e que desde tempos ancestrais é mascada e utilizada em outros fins tradicionais sem causar danos à saúde.
Morales também defenderá na ONU os avanços do país na luta contra o narcotráfico e o 'permanente compromisso' de La Paz no combate às drogas, segundo um comunicado divulgado pela embaixada do país em Viena.
Esta será a segunda ocasião na qual o presidente da Bolívia discursa diante da Comissão de Drogas e Entorpecentes. A primeira foi em 2009, quando defendeu em plenário as virtudes da planta enquanto segurava uma folha de coca na mão, que depois mascou.
Os 184 países que fazem parte da Convenção Única sobre Drogas e Entorpecentes têm até janeiro de 2013 para decidir sobre a readmissão da Bolívia, que deve ser submetida à votação no Conselho Econômico e Social da ONU.
Se um terço das nações rejeitar a ressalva, o país andino não recuperará sua condição de Estado-membro da Convenção.
Com 31 mil hectares semeados, a Bolívia é o terceiro maior produtor de folha de coca do mundo, depois da Colômbia e do Peru, dos quais 12 mil são legais e destinados a usos tradicionais.
A Comissão de Drogas e Entorpecentes debaterá até sexta-feira assuntos como a cooperação internacional na luta contra o narcotráfico, a prevenção do desvio de substâncias químicas para a fabricação de drogas, assim como aspectos relacionados à proteção da saúde pública.