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Evo defende protocolo de Kyoto para evitar 'ecocídio'

Presidente boliviano pediu empenho dos países desenvolvidos e alertou para os problemas do aquecimento global

Segundo Evo Morales, os desastres do clima matam 300 mil pessoas por ano (Chris McGrath/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 17h03.

Cancún - O presidente boliviano, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira, na conferência do Clima de Cancún, que se as nações ricas desistirem de renovar o protocolo de Kyoto e o compromisso de reduzir as emissões de carbono, "seremos responsáveis por um ecocídio e um genocídio".

"Se mandarmos para o lixo a partir de agora o protocolo de Kioto, seremos responsáveis por um economicídio, um ecocídio, portanto, um genocídio, porque estamos atentando contra a humanidade em seu conjunto", disse Morales.

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Aplaudido pela plenária da conferência da ONU, que reúne mais de 190 países em Cancún em busca de acordos para enfrentar as mudanças climáticas do planeta, Morales afirmou que os desastres do clima já tiram 300 mil vidas anualmente e que em poucos anos o número chegará a um milhão.

"Cada um de nós, especialmente presidentes, chefes de delegações, governos, coloquem-se à altura das milhões e milhões de famílias que são vítimas do aquecimento global, das mudanças climáticas", acrescentou Morales ao pedir compromissos e eforços claros dos países.

Os países em desenvolvimento se enquadraram nesta conferência nesta reivindicação de uma extensão para além de 2012 do Protocolo de Kioto. Este é um dos grandes obstáculos das negociações, uma vez que o Japão disse que não renovará este protocolo, ao cricitar que Estados Unidos e China, os maiores emissores do planeta, estão fora do mesmo.

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