Evitar calote foi apenas o 1º passo de Obama em busca da (nada fácil) reeleição
Desempenho da economia, que pode ser afetado pelos cortes, será fundamental nas eleições de 2012
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 15h35.
São Paulo – O anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de que republicanos e democratas finalmente chegaram a um acordo sobre a elevação do teto da dívida traz alívio ao mercado, mas não resolve todos os problemas – nem os econômicos, nem os políticos.
O ponto principal é saber até que ponto a ainda anêmica recuperação da economia americana será prejudicada no curto e no médio prazos pelos cortes estimados em US$ 1 trilhão nos próximos dez anos.
Não é segredo para ninguém que a retomada da atividade (muito lenta, na avaliação de especialistas) nos Estados Unidos após a crise está baseada em estímulos fiscais e monetários do governo. Por isso, é importante analisar com cuidado quais são os itens do orçamento que serão cortados e seus eventuais impactos.
Embora esses detalhes ainda não tenham sido divulgados, os jornais americanos especulam que o setor militar será um dos mais atingidos pela tesoura de Obama. Esse foi o ponto mais difícil de ser negociado com os republicanos. Atualmente, o Pentágono consome US$ 1 em cada US$ 5 gastos pelo país, e responde por mais de 40% dos gastos militares mundiais.
Já os democratas tiveram de concordar com redução de gastos no Medicare (plano de saúde federal) e na Previdência, além de abrir mão da proposta de aumento de impostos para os mais ricos.
Em tese, o acordo elevará o teto da dívida americana para um patamar que só será novamente atingido em 2013, após as eleições presidenciais do ano que vem. Isso não garante, no entanto, que o caminho para a reeleição de Obama está perfeitamente asfaltado.
Contra a sua candidatura, Obama terá um crescimento econômico modesto, desemprego elevado e uma enorme insatisfação de eleitores democratas, que podem simplesmente decidir não sair de casa no dia do pleito, já que o voto nos Estados Unidos não é obrigatório.
São Paulo – O anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de que republicanos e democratas finalmente chegaram a um acordo sobre a elevação do teto da dívida traz alívio ao mercado, mas não resolve todos os problemas – nem os econômicos, nem os políticos.
O ponto principal é saber até que ponto a ainda anêmica recuperação da economia americana será prejudicada no curto e no médio prazos pelos cortes estimados em US$ 1 trilhão nos próximos dez anos.
Não é segredo para ninguém que a retomada da atividade (muito lenta, na avaliação de especialistas) nos Estados Unidos após a crise está baseada em estímulos fiscais e monetários do governo. Por isso, é importante analisar com cuidado quais são os itens do orçamento que serão cortados e seus eventuais impactos.
Embora esses detalhes ainda não tenham sido divulgados, os jornais americanos especulam que o setor militar será um dos mais atingidos pela tesoura de Obama. Esse foi o ponto mais difícil de ser negociado com os republicanos. Atualmente, o Pentágono consome US$ 1 em cada US$ 5 gastos pelo país, e responde por mais de 40% dos gastos militares mundiais.
Já os democratas tiveram de concordar com redução de gastos no Medicare (plano de saúde federal) e na Previdência, além de abrir mão da proposta de aumento de impostos para os mais ricos.
Em tese, o acordo elevará o teto da dívida americana para um patamar que só será novamente atingido em 2013, após as eleições presidenciais do ano que vem. Isso não garante, no entanto, que o caminho para a reeleição de Obama está perfeitamente asfaltado.
Contra a sua candidatura, Obama terá um crescimento econômico modesto, desemprego elevado e uma enorme insatisfação de eleitores democratas, que podem simplesmente decidir não sair de casa no dia do pleito, já que o voto nos Estados Unidos não é obrigatório.