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Europa analisa plano anticrise que inclui ajuda da China

Pessoas envolvidas nas conversas dizem que negociações estão difíceis e encontro deve acabar sem um grande acordo

As advertências se multiplicaram nos últimos dias devido à preocupação com a expansão da crise por todos os continentes (Daniel Roland/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 16h51.

Bruxelas - Os países da Eurozona planejam resolver suas diferenças na reunião desta quarta-feira e apresentar enfim um plano para impedir que a crise da dívida atinja a Itália, através da implantação de medidas que contemplam inclusive a ajuda da China.

Contudo, fontes diplomáticas afirmaram que as negociações são muito difíceis e as esperanças de se chegar a um acordo sólido se dissiparam.

Os líderes da União Europeia e da Eurozona se reúnem a partir das 16H00 GMT (14H00 de Brasília). As resoluções de hoje devem ser apresentadas na reunião do G20 na França nos dias 3 e 4 de novembro.

As advertências se multiplicaram nos últimos dias devido à preocupação com a expansão da crise por todos os continentes. O risco aumentou após turbulências políticas e econômicas na Itália.

Para conter as agitações, o chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, fechou um acordo com seu aliado - a Liga do Norte - para uma reforma previdenciária.

Bruxelas pressiona a Itália para que medidas de cortes nos gastos públicos sejam adotadas. A intenção é reduzir a dívida italiana de 1,9 trilhão de euros (cerca de 120% do PIB).

Para evitar que a Itália siga o caminho da Grécia, os europeus buscam fórmulas para fortalecer o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Seus 440 bilhões de euros são insuficientes caso seja necessário resgatar uma economia como a italiana.

Os deputados alemães, por sua vez, aprovaram que a chanceler Angela Merkel defenda em Bruxelas a negociação da ampliação do FEEF, mas excluíram a proposta de recorrer ao Banco Central Europeu (BCE) e a qualquer aumento da garantia alemã.


Para reforçar este mecanismo sobram duas opções.

A primeira prevê que o fundo garanta entre 20% e 30% os títulos emitidos por países membros da Eurozona para incentivar os investidores a comprar a dívida de economias fragilizadas. Esta opção elevaria a capacidade do fundo em um bilhão de euros.

A segunda é a criação de um fundo ligado ao FEEF para oferecer dívida para investidores privados e países emergentes como a China.

Segundo fontes diplomáticas, a China é favorável à criação de uma entidade autônoma de investimento ("spin-off"). Outras potências emergentes, como o Brasil, Rússia, Índia e África do Sul não se manifestaram.

Brasil e Rússia afirmaram anteriormente que ajudariam os países da Eurozona através do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Já a Argentina disse "não", segundo a mesma fonte.

Os europeus negociam com os bancos credores da dívida grega um perdão voluntário de pelo menos 50%. Segundo uma fonte, o setor não negociará mais do que 40%.

Também é previsto a elevação para 9% do mínimo de capital próprio de qualidade exigido pelos bancos.

Os europeus se preparam para revisar seus tratados. Angela Merkel afirmou que é necessário "resolver as imperfeições" da união monetária.

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Bruxelas - Os países da Eurozona planejam resolver suas diferenças na reunião desta quarta-feira e apresentar enfim um plano para impedir que a crise da dívida atinja a Itália, através da implantação de medidas que contemplam inclusive a ajuda da China.

Contudo, fontes diplomáticas afirmaram que as negociações são muito difíceis e as esperanças de se chegar a um acordo sólido se dissiparam.

Os líderes da União Europeia e da Eurozona se reúnem a partir das 16H00 GMT (14H00 de Brasília). As resoluções de hoje devem ser apresentadas na reunião do G20 na França nos dias 3 e 4 de novembro.

As advertências se multiplicaram nos últimos dias devido à preocupação com a expansão da crise por todos os continentes. O risco aumentou após turbulências políticas e econômicas na Itália.

Para conter as agitações, o chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, fechou um acordo com seu aliado - a Liga do Norte - para uma reforma previdenciária.

Bruxelas pressiona a Itália para que medidas de cortes nos gastos públicos sejam adotadas. A intenção é reduzir a dívida italiana de 1,9 trilhão de euros (cerca de 120% do PIB).

Para evitar que a Itália siga o caminho da Grécia, os europeus buscam fórmulas para fortalecer o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Seus 440 bilhões de euros são insuficientes caso seja necessário resgatar uma economia como a italiana.

Os deputados alemães, por sua vez, aprovaram que a chanceler Angela Merkel defenda em Bruxelas a negociação da ampliação do FEEF, mas excluíram a proposta de recorrer ao Banco Central Europeu (BCE) e a qualquer aumento da garantia alemã.


Para reforçar este mecanismo sobram duas opções.

A primeira prevê que o fundo garanta entre 20% e 30% os títulos emitidos por países membros da Eurozona para incentivar os investidores a comprar a dívida de economias fragilizadas. Esta opção elevaria a capacidade do fundo em um bilhão de euros.

A segunda é a criação de um fundo ligado ao FEEF para oferecer dívida para investidores privados e países emergentes como a China.

Segundo fontes diplomáticas, a China é favorável à criação de uma entidade autônoma de investimento ("spin-off"). Outras potências emergentes, como o Brasil, Rússia, Índia e África do Sul não se manifestaram.

Brasil e Rússia afirmaram anteriormente que ajudariam os países da Eurozona através do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Já a Argentina disse "não", segundo a mesma fonte.

Os europeus negociam com os bancos credores da dívida grega um perdão voluntário de pelo menos 50%. Segundo uma fonte, o setor não negociará mais do que 40%.

Também é previsto a elevação para 9% do mínimo de capital próprio de qualidade exigido pelos bancos.

Os europeus se preparam para revisar seus tratados. Angela Merkel afirmou que é necessário "resolver as imperfeições" da união monetária.

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