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EUA tentam aplacar fúria saudita por causa do Irã e da Síria

John Kerry buscou acalmar as tensões com a aliada, que rejeitou uma vaga no Conselho de Segurança da Organização da ONU

Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, durante conferência de imprensa na casa do embaixador americano na França, em Paris (Charles Platiau/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 18h16.

Paris/Kuwait - O secretário norte-americano de Estado, John Kerry , buscou nesta segunda-feira acalmar as tensões com a aliada Arábia Saudita, que rejeitou uma vaga no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em protesto contra a inação internacional a respeito da Síria.

O chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, recebeu Kerry para almoçar em sua residência particular em Paris, após Riad receber elogios de outros governos árabes por sua posição de protesto.

Uma fonte graduada do Departamento de Estado disse a jornalistas após o almoço que Kerry citou a Faisal as vantagens de ser membro temporário do Conselho, órgão que pode ordenar ações militares, instituir sanções e estabelecer missões de paz.

"O secretário Kerry transmitiu que, embora caiba à Arábia Saudita tomar a decisão, os EUA valorizam a liderança saudita na região e na comunidade internacional", disse a fonte. "Uma vaga no CS da ONU garante aos Estados membros a oportunidade de se envolverem diretamente (na solução de grandes problemas mundiais)." Divergências entre membros permanentes do Conselho de Segurança impedem que a ONU tome qualquer medida no sentido de acabar com a guerra civil da Síria, que já dura mais de dois anos e meio. Rússia e China, por exemplo, têm bloqueado qualquer tentativa de sanção contra os sírios.

A Arábia Saudita apoia os rebeldes sunitas que tentam derrubar o regime de Bashar al-Assad, que por sua vez tem o apoio do Irã, importante rival regional de Riad.

A frustração saudita com Rússia e China agora se estendeu também aos EUA, não só por causa da Síria, mas também por Washington ter aquiescido com a derrubada do ditador Hosni Mubarak no Egito, em 2011, e se mostrar agora disposto a selar um acordo nuclear com o Irã.

Até hoje, nunca um país havia renunciado a uma vaga do Conselho depois de ser eleito para um mandato rotativo de dois anos. A Arábia Saudita deveria assumir seu lugar em 1º de janeiro, mas anunciou na semana passada que não o faria.

Além de citar sua insatisfação com a situação na Síria, a Arábia Saudita disse também que o Conselho precisaria passar por reformas não especificadas.

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O chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, recebeu Kerry para almoçar em sua residência particular em Paris, após Riad receber elogios de outros governos árabes por sua posição de protesto.

Uma fonte graduada do Departamento de Estado disse a jornalistas após o almoço que Kerry citou a Faisal as vantagens de ser membro temporário do Conselho, órgão que pode ordenar ações militares, instituir sanções e estabelecer missões de paz.

"O secretário Kerry transmitiu que, embora caiba à Arábia Saudita tomar a decisão, os EUA valorizam a liderança saudita na região e na comunidade internacional", disse a fonte. "Uma vaga no CS da ONU garante aos Estados membros a oportunidade de se envolverem diretamente (na solução de grandes problemas mundiais)." Divergências entre membros permanentes do Conselho de Segurança impedem que a ONU tome qualquer medida no sentido de acabar com a guerra civil da Síria, que já dura mais de dois anos e meio. Rússia e China, por exemplo, têm bloqueado qualquer tentativa de sanção contra os sírios.

A Arábia Saudita apoia os rebeldes sunitas que tentam derrubar o regime de Bashar al-Assad, que por sua vez tem o apoio do Irã, importante rival regional de Riad.

A frustração saudita com Rússia e China agora se estendeu também aos EUA, não só por causa da Síria, mas também por Washington ter aquiescido com a derrubada do ditador Hosni Mubarak no Egito, em 2011, e se mostrar agora disposto a selar um acordo nuclear com o Irã.

Até hoje, nunca um país havia renunciado a uma vaga do Conselho depois de ser eleito para um mandato rotativo de dois anos. A Arábia Saudita deveria assumir seu lugar em 1º de janeiro, mas anunciou na semana passada que não o faria.

Além de citar sua insatisfação com a situação na Síria, a Arábia Saudita disse também que o Conselho precisaria passar por reformas não especificadas.

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