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EUA suspendem planos de sanção à Venezuela

Os Estados Unidos decidiram esperar decorrerem ações de mediação que possam conduzir a um diálogo entre o governo e a oposição

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry: o objetivo de suspender as sanções é de que elas não sejam uma desculpa para o fracasso (Mike Theiler/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 07h35.

Brasília - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nessa terça-feira (8) que Washington não avançará com medidas contra a Venezuela enquanto decorrerem ações de mediação que possam conduzir a um diálogo entre o governo e a oposição .

Segundo Kerry, o governo norte-americano não se intrometerá na crise enquanto decorrerem mediações, para que isso não seja uma desculpa para o fracasso.

"Neste momento, estamos a favor dos esforços de mediação por parte de terceiros, que têm como objetivo pôr fim à violência e conseguir um diálogo honesto, para fazer frente às queixas legítimas das pessoas na Venezuela", acrescentou.

John Kerry falou durante audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado, onde foi interpelado pelo senador republicano Marco Rúbio sobre a posição do governo norte-americano em relação à crise na Venezuela e à violência no país.

O congressista lembrou que Caracas passa por "um momento muito delicado, com possibilidade de negociação", e que se os venezuelanos "tiveram eleições não quer dizer que haja democracia".

Por outro lado, disse que o governo norte-americano manifestou preocupação com a situação na Venezuela e que ele próprio chegou a conversar sobre o tema, há algumas semanas, com o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Elías Jaua.


"Temos tido gente nossa no terreno, falando sobre o assunto, assim não acredito que haja nenhuma dúvida, do povo da Venezuela, sobre a nossa posição", frisou.

Em março, a subsecretária de Estado dos EUA, Roberta Jacobson, informou que o governo pensava em implementar sanções contra a Venezuela, se não fossem criadas condições para um diálogo profundo que resolva a crise no país e para abrir um "espaço democrático" à oposição.

Admitindo que seria um "recurso extremo", Roberta destacou que as sanções poderiam ser uma "ferramenta muito importante" se as possibilidades de diálogo entre o governo venezuelano e a oposição acabassem.

Há quase dois meses são registrados diariamente protestos em várias regiões da Venezuela e que resultaram, de acordo com dados oficiais, em 39 mortos, 608 feridos, 81 denúncias de violações de direitos humanos e danos materiais.

O governo venezuelano insiste que está em curso um "golpe de Estado continuado" contra o presidente legitimamente eleito, Nicolás Maduro.

O governo culpa a oposição pela violência e a oposição diz que a responsabilidade é do Executivo.Com informações da Agência Lusa.

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Brasília - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nessa terça-feira (8) que Washington não avançará com medidas contra a Venezuela enquanto decorrerem ações de mediação que possam conduzir a um diálogo entre o governo e a oposição .

Segundo Kerry, o governo norte-americano não se intrometerá na crise enquanto decorrerem mediações, para que isso não seja uma desculpa para o fracasso.

"Neste momento, estamos a favor dos esforços de mediação por parte de terceiros, que têm como objetivo pôr fim à violência e conseguir um diálogo honesto, para fazer frente às queixas legítimas das pessoas na Venezuela", acrescentou.

John Kerry falou durante audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado, onde foi interpelado pelo senador republicano Marco Rúbio sobre a posição do governo norte-americano em relação à crise na Venezuela e à violência no país.

O congressista lembrou que Caracas passa por "um momento muito delicado, com possibilidade de negociação", e que se os venezuelanos "tiveram eleições não quer dizer que haja democracia".

Por outro lado, disse que o governo norte-americano manifestou preocupação com a situação na Venezuela e que ele próprio chegou a conversar sobre o tema, há algumas semanas, com o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Elías Jaua.


"Temos tido gente nossa no terreno, falando sobre o assunto, assim não acredito que haja nenhuma dúvida, do povo da Venezuela, sobre a nossa posição", frisou.

Em março, a subsecretária de Estado dos EUA, Roberta Jacobson, informou que o governo pensava em implementar sanções contra a Venezuela, se não fossem criadas condições para um diálogo profundo que resolva a crise no país e para abrir um "espaço democrático" à oposição.

Admitindo que seria um "recurso extremo", Roberta destacou que as sanções poderiam ser uma "ferramenta muito importante" se as possibilidades de diálogo entre o governo venezuelano e a oposição acabassem.

Há quase dois meses são registrados diariamente protestos em várias regiões da Venezuela e que resultaram, de acordo com dados oficiais, em 39 mortos, 608 feridos, 81 denúncias de violações de direitos humanos e danos materiais.

O governo venezuelano insiste que está em curso um "golpe de Estado continuado" contra o presidente legitimamente eleito, Nicolás Maduro.

O governo culpa a oposição pela violência e a oposição diz que a responsabilidade é do Executivo.Com informações da Agência Lusa.

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