EUA revogarão vistos de 77 venezuelanos, entre eles integrantes do governo
Pence disse que os EUA continuarão responsabilizando o governo de Maduro "até que a liberdade seja restaurada na Venezuela"
EFE
Publicado em 6 de março de 2019 às 17h28.
Última atualização em 6 de março de 2019 às 17h29.
Washington, 6 mar (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos , Mike Pence, revelou nesta quarta-feira que o governo do presidente Donald Trump revogará os vistos de 77 venezuelanos, entre eles funcionários de Nicolás Maduro e seus parentes.
"Hoje o Departamento de Estado está anunciando que os Estados Unidos revogarão 77 vistos, incluindo muitos funcionários do regime de Maduro e seus parentes", afirmou Pence durante uma reunião com empresários em Washington.
Pence acrescentou que os EUA continuarão responsabilizando o governo de Maduro "até que a liberdade - palavra que pronunciou em espanhol - seja restaurada na Venezuela".
O vice-presidente ressaltou que a Venezuela já foi uma das "mais ricas e mais vibrantes democracias" no Ocidente, mas lamentou que "sob o mandato socialista do ditador Nicolás Maduro" tenha se transformado em um dos países mais pobres, com mais de três milhões de venezuelanos que abandonaram os seus lares, segundo lembrou.
Durante o discurso, no qual enfatizou o interesse de Washington de continuar apoiando a liberdade e a prosperidade no Ocidente, Pence destacou que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer o líder oposicionista Juan Guaidó como o "presidente legítimo da Venezuela".
"Os Estados Unidos pedem para que todas as nações do mundo reconheçam Juan Guaidó como presidente da Venezuela e tomem o lado da liberdade", acrescentou o vice-presidente, ao destacar que cerca de 50 países se somaram ao apoio americano a Guaidó.
Pence afirmou que durante a sua visita na semana passada à América Latina, onde compareceu à reunião do Grupo de Lima realizada em Bogotá, enviou uma mensagem aos aliados dos Estados Unidos na região e ao povo venezuelano: "Nicolás Maduro é um ditador".
Pence disse que conheceu Guaidó e sua esposa, Fabiana, em pessoa e que o líder oposicionista está comprometido com a restauração da democracia na Venezuela. EFE