Exame Logo

Diplomatas americanos vítimas de doença misteriosa são retirados da China

Doença se parece com uma lesão cerebral e já afetou funcionários dos EUA em Cuba, disse uma porta-voz

Departamento de Estado norte-americano levou para os Estados Unidos um grupo de diplomatas radicados em Guangzhou, na China (Jason Lee/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 7 de junho de 2018 às 12h56.

Última atualização em 7 de junho de 2018 às 12h59.

Washington/Guangzhou - O Departamento de Estado norte-americano levou para os Estados Unidos um grupo de diplomatas radicados em Guangzhou, na China , devido ao receio de estarem sofrendo de uma doença misteriosa que se parece com uma lesão cerebral e que já afetou funcionários dos EUA em Cuba, disse uma porta-voz.

Depois de confirmar que um funcionário do governo "sofreu um incidente médico" na cidade do sul chinês, o departamento mobilizou uma equipe para examinar empregados e familiares no consulado local, informou a porta-voz Heather Nauert em um comunicado na quarta-feira.

Veja também

"Em resultado de um processo de verificação feito até agora, o departamento enviou vários indivíduos para uma avaliação adicional e um levantamento abrangente de seus sintomas e descobertas nos Estados Unidos", disse.

"Profissionais médicos continuarão a realizar avaliações completas para determinar a causa dos sintomas relatados e saber se as descobertas são compatíveis com aquelas percebidas em funcionários do governo previamente afetados ou possivelmente completamente sem relação."

O jornal New York Times noticiou que o Departamento de Estado retirou ao menos dois norte-americanos que adoeceram depois de ouvir barulhos estranhos na China.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse nesta quinta-feira que, até onde sabia, o governo não tinha feito nenhum contato formal com autoridades dos EUA sobre nenhum caso novo e que havia investigado um incidente inicial.

"Até o momento não se descobriram pistas ou a razão causando a situação que os Estados Unidos mencionaram", disse Hua em um briefing de rotina em Pequim, acrescentando que a China protege diplomatas de acordo com a convenção internacional.

"Se realmente existe um problema, o lado norte-americano pode contatar diretamente o lado chinês e se comunicar, e a China continuará a investigar conscienciosamente e coordenar com uma atitude responsável", disse Hua.

Quatro membros norte-americanos do consulado de Guangzhou encaminharam a Reuters à embaixada de Pequim quando indagados sobre a situação.

Uma autoridade do governo dos EUA na embaixada reiterou que só existe um caso confirmado na China, anunciado no mês passado, e que o Departamento de Estado está oferecendo exames a todos que o solicitarem na embaixada e nos consulados dos EUA na China.

Acompanhe tudo sobre:ChinaDiplomaciaDoençasEstados Unidos (EUA)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame