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EUA pretendem vacinar 100 milhões contra covid-19 até fevereiro

"No fim de fevereiro, teremos vacinado 100 milhões de pessoas, que é aproximadamente o tamanho da população de risco", afirmou o médico Moncef Slaou

A partir de dezembro, 40 milhões de doses das vacinas Pfizer-BioNTech e da Moderna vacinarão 20 milhões de pessoas (Siphiwe Sibeko/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 07h18.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 10h38.

Os Estados Unidos planejam concluir até o fim de fevereiro a primeira fase da vacinação em massa contra a covid-19 , que inclui a imunização de até 100 milhões de pessoas - cerca de 40% dos americanos adultos. "No fim de fevereiro, teremos vacinado 100 milhões de pessoas, que é aproximadamente o tamanho da população de risco, incluindo idosos e profissionais de saúde", afirmou o médico Moncef Slaoui, principal cientista à frente da Operação Warp Speed - iniciativa para acelerar o desenvolvimento e a distribuição de medicamentos e vacinas nos EUA durante a pandemia.

A partir de dezembro, 40 milhões de doses das vacinas elaboradas pela sociedade Pfizer-BioNTech e pelo laboratório Moderna vacinarão 20 milhões de pessoas - cada vacina será aplicada em duas doses, espaçadas por três a quatro semanas, de acordo com Slaoui.

Isto será "suficiente" para vacinar os 3 milhões de lares de idosos, afirmou o ex-executivo da indústria farmacêutica, recrutado pelo presidente, Donald Trump, para trabalhar na logística de distribuição das vacinas nos EUA.

De acordo com ele, o restante será suficiente para vacinar a grande maioria dos profissionais de saúde, se os Estados americanos e territórios decidirem lhes dar prioridade, como recomendou na terça-feira um comitê de especialistas em questões sanitárias.

Em janeiro, será possível vacinar 30 milhões de pessoas, se for confirmado o ritmo de produção de doses das duas vacinas. Em seguida, outras 50 milhões em fevereiro, totalizando 100 milhões nos EUA - aproximadamente um terço da população americana.

A cifra não inclui as pessoas que podem ser imunizadas pelas duas outras possíveis vacinas, uma da Johnson & Johnson e outra da AstraZeneca-Oxford, cujos testes clínicos devem apresentar resultados "entre o fim de dezembro e meados de janeiro", segundo Slaoui.

Ontem, ao lado de Slaoui, o general do Exército Gustave Perna, chefe de operações da Operação Warp Speed, garantiu que o governo americano será capaz de enviar até 6,4 milhões de doses da vacina da Pfizer para várias partes do país 24 horas após a autorização de uso emergencial da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos EUA.

De acordo com ele, 12,5 milhões de doses da vacina da Moderna serão distribuídas assim que sair a autorização de emergência. "Não pretendemos atropelar a autorização de uso emergencial", afirmou o general. "Queremos é garantir que tenhamos tudo pronto para que, quando a autorização emergencial sair, a distribuição das vacinas para os americanos seja imediata." (Com agências internacionais)

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