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EUA oferece recompensa de US$ 5 milhões por chefe do Supremo da Venezuela

Em março deste ano, procuradores do estado da Flórida acusaram Maikel Moreno de lavagem de dinheiro e outros crimes

Mike Pompeo: secretário de Estado dos Estados Unidos anunciou que o governo americano está oferecendo uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre Maikel Moreno (Andrew Harnik/Reuters)

Mike Pompeo: secretário de Estado dos Estados Unidos anunciou que o governo americano está oferecendo uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre Maikel Moreno (Andrew Harnik/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de julho de 2020 às 20h45.

Última atualização em 21 de julho de 2020 às 22h22.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou nesta terça-feira, 21, que o governo americano está oferecendo uma recompensa de 5 milhões de dólares (25,9 milhões de reais) por informações que levem à prisão e ao julgamento do presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Maikel Moreno, considerado próximo ao chavismo.

Em comunicado, Pompeo também anunciou sanções a Moreno e à sua mulher por supostamente estarem envolvidos "em significativa corrupção" e afirmou que o chefe do Supremo venezuelano "recebeu propina para influenciar no resultado de casos criminais e civis."

"Moreno recebeu propina em troca de ações judiciais, como ordenar que juízes de instâncias inferiores liberem determinados acusados ou neguem certos casos, o que ocorreu em mais de 20 processos judiciais", afirmou Pompeo.

No Twitter, o chefe da diplomacia americana declarou que Moreno é um "ajudante" do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e explicou que a nova medida busca enviar uma mensagem clara: "Os Estados Unidos se posicionam firmemente contra a corrupção".

Segundo os Estados Unidos, Moreno, que preside o TSJ desde 2017, flertou com a possibilidade de se distanciar do governo quando, em 30 de abril de 2019, o líder da oposição, Juan Guaidó, liderou uma revolta de curta duração com um grupo de militares que levou a manifestações, mas não derrubou Maduro.

Em março deste ano, procuradores do estado da Flórida acusaram Moreno de lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados com as supostas propinas que recebeu na Venezuela.

No total, os Estados Unidos apresentaram acusações contra 15 membros e ex-integrantes do governo venezuelano, incluindo o presidente Maduro, acusado de tráfico de drogas e pelo qual ofereceram uma recompensa de 15 milhões de dólares (77,5 milhões de reais) por qualquer informação que leve à captura.

Em maio de 2017, o governo americano também impôs sanções a Moreno e a outros sete juízes pouco depois da Assembleia Nacional, controlada pela oposição, ter sido destituída de todas as funções pelo Supremo.

Os Estados Unidos foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela, em janeiro de 2019.

De lá para cá, o governo Trump impulsiona um pacote de sanções para tentar forçar a saída de Maduro do poder, por considerar que seu segundo mandato é ilegítimo pelos questionamentos às eleições de 2018.

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