EUA não têm plano para reduzir déficit, diz economista do FMI
Para Olivier Blanchard, apesar do discurso de Obama, não foram adotadas medidas concretas
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2011 às 09h48.
Paris - O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos não têm um plano confiável a médio prazo para reduzir o déficit orçamentário, em uma entrevista ao jornal francês Le Monde.
"Há razões para ficar preocupado", afirmou Blanchard, ao ser questionado sobre as medidas orçamentárias adotadas pelos Estados Unidos.
A agência de classificação financeira Standard and Poor's reduziu na segunda-feira, pela primeira vez em sua história, de "estável" para "negativa" a perspectiva de evolução da nota da dívida americana.
Para Blanchard, "os Estados Unidos não têm um plano confiável a médio prazo para reduzir o déficit orçamentário".
"Apesar da orientação do discurso do presidente Barack Obama de 13 de abril ser a correta, ainda não foram adotadas decisões concretas", completou.
"O debate entre os dois partidos (Republicano e Democrata) que culminou em 8 de abril com um plano que economiza 39 bilhões de dólares foi insuficiente", acrescentou Blanchard.
"Há uma brecha ideológica enorme entre democratas e republicanos sobre o modo de enfrentar este problema", opinou.
Na segunda-feira, a Standard and Poor's anunciou a manutenção da nota "AAA" para a dívida a longo prazo dos Estados Unidos, a melhor nota possível. No entanto, afirmou que "há ao menos uma possibilidade em três de que rebaixemos a nota a longo prazo dos Estados Unidos nos próximos dois anos".
Obama e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, afirmaram na terça-feira que não permitirão que algo assim aconteça.
Paris - O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos não têm um plano confiável a médio prazo para reduzir o déficit orçamentário, em uma entrevista ao jornal francês Le Monde.
"Há razões para ficar preocupado", afirmou Blanchard, ao ser questionado sobre as medidas orçamentárias adotadas pelos Estados Unidos.
A agência de classificação financeira Standard and Poor's reduziu na segunda-feira, pela primeira vez em sua história, de "estável" para "negativa" a perspectiva de evolução da nota da dívida americana.
Para Blanchard, "os Estados Unidos não têm um plano confiável a médio prazo para reduzir o déficit orçamentário".
"Apesar da orientação do discurso do presidente Barack Obama de 13 de abril ser a correta, ainda não foram adotadas decisões concretas", completou.
"O debate entre os dois partidos (Republicano e Democrata) que culminou em 8 de abril com um plano que economiza 39 bilhões de dólares foi insuficiente", acrescentou Blanchard.
"Há uma brecha ideológica enorme entre democratas e republicanos sobre o modo de enfrentar este problema", opinou.
Na segunda-feira, a Standard and Poor's anunciou a manutenção da nota "AAA" para a dívida a longo prazo dos Estados Unidos, a melhor nota possível. No entanto, afirmou que "há ao menos uma possibilidade em três de que rebaixemos a nota a longo prazo dos Estados Unidos nos próximos dois anos".
Obama e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, afirmaram na terça-feira que não permitirão que algo assim aconteça.