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EUA exige que Turquia pare bombardeios no norte da Síria

Joe Biden conversou por telefone com primeiro-ministro da Turquia para pedir moderação recíproca mediante a cessação de ataques de artilharia na região

O presidente americano, Barack Obama (E), e o vice-presidente americano, Joe Biden, em Washington, DC (JIM WATSON/AFP)

O presidente americano, Barack Obama (E), e o vice-presidente americano, Joe Biden, em Washington, DC (JIM WATSON/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2016 às 13h04.

Washington -- O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu no sábado que o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, pare os bombardeios turcos contra as milícias curdas no norte da Síria, informou neste domingo a Casa Branca.

Biden conversou por telefone com Davutoglu para destacar "os esforços americanos para convencer as forças curdas da Síria a aproveitarem as circunstâncias atuais para ocuparem mais territórios perto da fronteira com a Turquia", indicou a Casa Branca em comunicado.

O representante americano instou a "Turquia a mostrar moderação recíproca mediante a cessação de ataques de artilharia na região", acrescenta a nota.

Desta forma, os EUA reagiram aos ataques dos últimos dias da Turquia contra posições da milícia curda do PYD, grupo filiado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia, e que segundo Ancara lançou bombas contra solo turco.

"Os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos e insistiram na necessidade de proteger as populações deslocadas e vulneráveis do noroeste da Síria e em garantir que permaneçam abertas as rotas de assistência humanitária com Aleppo, na Síria", indicou a Casa Branca.

Davutoglu afirmou no sábado que seu país não permitirá que a milícia curda ameace sua fronteira e exigiu que se mantenha afastada do corredor que conecta a cidade síria de Aleppo, palco de duros combates, com a Turquia.

Durante a conversa por telefone, Biden "expressou apoio à Turquia em sua luta contra o terrorismo do PKK e os dois líderes afirmaram que seus objetivos em comum são derrotar o Estado Islâmico e trabalhar para a cessação das hostilidades", como foi definido durante a Conferência de Segurança de Munique (MSC).

As divergências dos EUA e Turquia em relação ao papel das milícias curdas na Síria afetaram nas últimas semanas a relação entre os dois países, aliados no conflito sírio.

O governo turco criticou duramente os Estados Unidos por manterem contato com o YPD, grupo que Ancara considera terrorista, mas que Washington trata como um aliado importante na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI).

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