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EUA entregará tanques a Ucrânia para apoiar a contraofensiva, diz secretário do EUA

Estados Unidos prometeu entregar às Forças Armadas ucranianas 31 tanques no início do ano, como parte dos mais de 43 bilhões de dólares em ajuda militar

Fonte do comando militar americano afirmou que os primeiros tanques serão enviados nos próximos dias (AFP/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 19 de setembro de 2023 às 12h08.

A contraofensiva da Ucrânia diante das tropas rusas "continua fazendo progresso constante" e em breve receberá um reforço com a entrega de tanques Abrams, afirmou nesta terça-feira, 19, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, na abertura de uma reunião de aliados de Kiev em uma base militar na Alemanha.

Os representantes de dezenas de países que apoiam a Ucrânia estão reunidos na base americana de Ramstein, no sul da Alemanha, para debater a entrega de mais ajuda contra a invasão russa, na véspera do discurso do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na Assembleia Geral da ONU em Nova York.

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O governo dos Estados Unidos prometeu entregar às Forças Armadas ucranianas 31 tanques no início do ano, como parte dos mais de 43 bilhões de dólares em ajuda militar comprometidos por Washington desde que a Rússia invadiu o país em fevereiro de 2022.

"Tenho a satisfação de anunciar que os tanques M1 Abrams prometidos pelo governo dos Estados Unidos entrarão em breve na Ucrânia", declarou o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, no início da reunião.

Uma fonte do comando militar americano afirmou que os primeiros tanques serão enviados nos próximos dias e que o processo será concluído em algumas semanas.

Os tanques estarão equipados com munições de 120 mm de urânio empobrecido. Estas munições têm a capacidade de perfurar blindagens, mas o uso é considerado polêmico devido à associação a riscos de câncer e malformações congênitas em áreas onde foram utilizadas em conflitos anteriores, sem evidências definitivas.

A decisão de fornecer tanques Abrams à Ucrânia foi uma mudança na posição dos Estados Unidos - os comandantes militares do país alegavam que estes tanques de combate não eram adequados para as tropas de Kiev devido à complexidade de operação, que exige treinamento.

Avanço constante da contraofensiva

As forças ucranianas, equipadas com a ajuda militar das potências ocidentais, iniciaram em junho uma contraofensiva difícil contra as linhas fortificadas russas. Nas últimas semanas, Kiev intensificou a pressão.

Mas o avanço foi limitado, o que provocou um debate sobre a estratégia militar em curso. Estados Unidos e Otan alertaram que esperam um conflito longo.

O chefe do Pentágono afirmou que a contraofensiva "continua fazendo progresso constante".

"As corajosas tropas ucranianas estão rompendo linhas muito fortificadas do exército de agressão da Rússia", disse Austin.

Lloyd Austin, um general da reserva, se encontrou na reunião com o novo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que assumiu o cargo no início do mês. Seu antecessor, Oleksii Reznikov, um dos rostos mais conhecidos da resistência ucraniana, foi obrigado a abandonar o cargo após vários escândalos de corrupção.

Alemanha sob pressão

A União Europeia e os países da Otan já comprometeram quase 95 bilhões de euros (100 bilhões de dólares) em ajuda militar, segundo os dados do Instituto Kiel, que registra as armas prometidas e entregues à Ucrânia desde o início da invasão.

As autoridades ucranianas insistem que precisam urgentemente de mais ajuda. Após um debate intenso, vários países concordaram em entregar a Kiev caças F-16 americanos, apesar da operação das aeronaves exigir um treinamento e da demora de vários meses para o início do uso das primeiras unidades.

A Ucrânia também pressiona a Alemanha a fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus.

A questão não está solucionada, disse o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, que citou questões "políticas, jurídicas, militares e técnicas" que precisam ser resolvidas.

Entre as questões que precisam ser resolvidas está a dúvida sobre se o armamento pode ser utilizado sem o apoio de soldados do exército alemão e os temores do governo de Berlim de que estes mísseis possam atingir o território russo, o que provocaria um agravamento do conflito.

"O que a Ucrânia mais precisa é de munições", disse o ministro alemão, que antes da reunião anunciou um novo pacote de ajuda de 400 milhões de euros.

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