Mundo

EUA devolverão ao Japão 4 mil hectares de bases em Okinawa

Estados Unidos devolverão ao Japão o controle de 4 mil hectares ocupadas na atualidade por suas bases militares na ilha de Okinawa, informaram as Forças Armadas


	Base americana em Ginowan, na ilha de Okinawa: trata-se de 17% do território administrado pelo Exército americano
 (Toshifumi Kitamura/AFP)

Base americana em Ginowan, na ilha de Okinawa: trata-se de 17% do território administrado pelo Exército americano (Toshifumi Kitamura/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2016 às 09h50.

Tóquio - Os Estados Unidos devolverão ao Japão o controle de 4 mil hectares ocupadas na atualidade por suas bases militares na ilha de Okinawa, informaram as Forças Armadas americanas no país asiático.

Trata-se de 17% do território administrado pelo Exército americano, a maior devolução de terreno por parte deste país desde que o Japão recuperou em 1972 a administração de Okinawa, cenário de uma batalha onde morreram 240 mil pessoas na Segunda Guerra Mundial e controlada pelos EUA desde então.

As autoridades americanas não especificaram quando será devolvida esta parcela, que na atualidade é utilizada para treinamentos focalizados ao combate em zonas de selva.

"Uma vez que as instalações já não são necessárias para defender o Japão e manter a paz e a segurança no Extremo Oriente, serão devolvidas ao governo japonês", detalharam as Forças Armadas em comunicado divulgado na sexta-feira.

A construção de várias pistas de aterrissagem para helicópteros americanos "permitirá a devolução de quase 4 mil hectares" para as autoridades japonesas, diz a nota.

A Província de Okinawa abriga mais da metade dos cerca de 47 mil soldados que os EUA mantém no Japão, assim como 74% das instalações militares americanas no país asiático.

A população e os políticos locais se manifestaram contra a presença de bases americanas na ilha, uma rejeição que se intensifica periodicamente devido aos incidentes protagonizados por alguns militares e trabalhadores dos EUA.

Um dos mais graves e recentes aconteceu no mês de maio, quando a polícia japonesa prendeu um ex-militar americano que trabalhava na base de Kadena e é suspeito de estuprar e matar uma japonesa de 20 anos. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)JapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Dados sobre cachorros de Milei são protegidos por limites de acesso à informação na Argentina

Parentes de reféns do Hamas em Gaza foram presos durante discurso de Netanyahu no Congresso dos EUA

Candidato opositor venezuelano lamenta decisão do TSE de suspender missão à Venezuela

Diretor do FBI questiona se Trump foi atingido por bala ou estilhaço

Mais na Exame