EUA consideram nova ajuda humanitária no Iraque
A missão, se for confirmada, seria a segunda intervenção humanitária dos Estados Unidos no Iraque
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2014 às 16h10.
Washington - O governo do presidente dos EUA, Barack Obama , está considerando enviar uma nova operação de ajuda humanitária para turcos de maioria xiita no norte do Iraque, que estão cercados há semanas por militantes sunitas do Estado Islâmico , disseram autoridades de defesa norte-americanas nesta quarta-feira.
A missão, se for confirmada, seria a segunda intervenção humanitária dos Estados Unidos no Iraque.
No começo do mês, aviões de carga norte-americanos levaram toneladas de comida e água para refugiados da etnia Yazidi na região do monte Sinjar.
Ao mesmo tempo, os EUA realizavam ataques aéreos contra bases militares do Estado Islâmico.
O governo está focado agora na cidade de Amirli, situada a 169 quilômetros ao norte de Bagdá, e apenas a alguns quilômetros do território curdo. Um número estimado entre 12 e 15 mil pessoas estão sem acesso a água ou alimentos na região.
O líder da missão de apoio norte-americana no Iraque, Nickolay Mladenov, no começo desta semana, pediu uma ação urgente em Amirli e descreveu a situação da cidade como desesperadora.
Três autoridades de defesa confirmaram que a operação humanitária está sendo considerada. Eles falaram sob condição de anonimato.
Enquanto isso, o principal comandante dos Estados Unidos no Oriente Médio, o general do Exército Lloyd Austin, se encontrou em Bagdá com o primeiro-ministro nomeado do Iraque, Haider al-Abadi, para discutir uma possível cooperação no combate ao Estado Islâmico.
De acordo com um depoimento publicado pelo gabinete de al-Abadi, Austin expressou o desejo do governo norte-americano de providenciar treinamentos de contraterrorismo adicionais para as forças de segurança do Iraque.
Assim como ocorreu com muitas outras minorias no Iraque, como os cristãos e os Yazidis, a comunidade de turcos xiitas está sendo atacada pelo Estado Islâmico, que os considera renegados.
Dezenas de milhares de turcos - o terceiro maior grupo étnico do país - foram obrigados a saírem de suas casas desde que os extremistas tomaram o controle de diversas cidades da região. Fonte: Associated Press.