EUA: comitê quer ouvir esposa de juiz da Suprema Corte sobre invasão do Capitólio
Virginia "Ginni" Thomas é ativista do conservadorismo no país e deverá depor sobre sua possível participação na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de julho de 2022 às 19h23.
A ativista conservadora americana Virginia "Ginni" Thomas, esposa do juiz da Suprema Corte Clarence Thomas, pode ser intimada pela Câmara dos Estados Unidos para depor sobre sua possível participação na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A informação foi fornecida pela deputada Liz Cheney, vice-presidente do comitê responsável pela investigação sobre o motim.
"Prevemos conversar com outros membros do gabinete do presidente Trump", disse Cheney. "Esperamos falar também com outros membros de sua campanha. Certamente, também estamos muito focados no Serviço Secreto", complementou. A deputada não identificou os funcionários do governo Trump que podem se apresentar.
Os membros do comitê também esperam saber mais sobre o esforço de Ginni Thomas para manter Trump no cargo e os potenciais conflitos de interesse de Clarence Thomas como resultado de casos de 6 de janeiro que chegaram à Suprema Corte. O comitê enviou uma carta a Ginni Thomas no mês passado pedindo uma entrevista e espera que ela atenda, segundo Cheney
"Nós certamente esperamos que ela concorde em vir voluntariamente", afirmou a parlamentar "Mas o comitê está totalmente preparado para contemplar uma intimação se ela não o fizer".
Cheney também disse que embora o comitê não tenha decidido se fará uma referência criminal sobre Trump ao Departamento de Justiça, "isso é absolutamente algo que estamos analisando".
Os legisladores estão interessados ainda em ouvir Steve Bannon, um aliado de Trump que foi considerado culpado na semana passada por desacato ao Congresso, por se recusar a cumprir a intimação do comitê da Câmara. Fonte: Associated Press.