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EUA ameaçam com sanções quem comprar petróleo do EI

País quer interromper o que se estima ser uma fonte de financiamento de 1 milhão de dólares por dia para o Estado Islâmico

Explosão é vista na cidade síria de Kobani, após um ataque aéreo contra o Estado Islâmico (Kai Pfaffenbach/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 17h34.

Washington - O governo dos Estados Unidos ameaçou nesta quinta-feira impor sanções a qualquer um que compre petróleo de militantes do Estado Islâmico como forma de interromper o que se estima ser uma fonte de financiamento de 1 milhão de dólares por dia.

O Estado Islâmico dominou extensas partes do Iraque e da Síria durante seu avanço brutal e pode representar um risco aos EUA e seus aliados se não for contido, afirmou o subsecretário do Tesouro, David Cohen.

“Com a notável exceção de algumas organizações terroristas patrocinadas por Estados, o Estado Islâmico provavelmente é a organização terrorista mais bem financiada que já confrontamos”, declarou Cohen no instituto Carnegie Endowment for International Peace.

O grupo radical sunita está obtendo dezenas de milhões de dólares mensais graças a uma combinação de venda de petróleo, sequestros, extorsão e outras atividades criminosas, além do apoio de doadores abastados, informou Cohen ao fornecer o panorama mais abrangente até agora da estratégia financeira dos EUA contra a facção.

A maior parte da arrecadação do Estado Islâmico evita principalmente o sistema financeiro formal e depende menos de doadores do que grupos militantes como a Al Qaeda, o que o torna menos suscetível às ferramentas tradicionais do Tesouro, como destacar financiadores ricos e colocar bancos em listas negras.

“Não temos uma bala de prata, uma arma secreta para esvaziar os cofres do Estado Islâmico da noite para o dia”, explicou Cohen.

Mas o governo norte-americano e seus parceiros estão trabalhando para encontrar novas maneiras de interromper as atividades do grupo extremista, inclusive suas receitas de petróleo, segundo Cohen.

O Estado Islâmico está recorrendo ao mercado negro do Iraque e da Síria, refinando parte do produto e vendendo-o a contrabandistas que o transportam para a Turquia e para a região curda do Iraque.

A empresa de pesquisa IHS estimou nesta semana que os militantes do Estado Islâmico estavam produzindo o equivalente a cerca de 2 milhões de dólares diários de petróleo bruto antes dos recentes ataques aéreos liderados pelos norte-americanos.

Os EUA e seus aliados, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, iniciaram as incursões contra o grupo no Iraque em agosto e na Síria em setembro, tendo entre seus alvos campos de petróleo e refinarias controlados pela facção.

Os ataques conseguiram reduzir a produção para 20 mil barris por dia, menos de um terço do que era no último verão no hemisfério norte, informou a Agência Internacional de Energia.

Embora os ataques aéreos tenham danificado parte da renda do petróleo do Estado Islâmico, Cohen disse ainda ser importante encontrar outros modos de alcançar as fontes de financiamento do grupo e evitar seu acesso ao sistema financeiro formal mirando intermediários, comerciantes, refinadores e empresas de transporte.

Entre as outras fontes estão estimados 20 milhões de dólares resultantes de sequestros neste ano, que os EUA tentarão bloquear exortando países a não pagar resgates.

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Washington - O governo dos Estados Unidos ameaçou nesta quinta-feira impor sanções a qualquer um que compre petróleo de militantes do Estado Islâmico como forma de interromper o que se estima ser uma fonte de financiamento de 1 milhão de dólares por dia.

O Estado Islâmico dominou extensas partes do Iraque e da Síria durante seu avanço brutal e pode representar um risco aos EUA e seus aliados se não for contido, afirmou o subsecretário do Tesouro, David Cohen.

“Com a notável exceção de algumas organizações terroristas patrocinadas por Estados, o Estado Islâmico provavelmente é a organização terrorista mais bem financiada que já confrontamos”, declarou Cohen no instituto Carnegie Endowment for International Peace.

O grupo radical sunita está obtendo dezenas de milhões de dólares mensais graças a uma combinação de venda de petróleo, sequestros, extorsão e outras atividades criminosas, além do apoio de doadores abastados, informou Cohen ao fornecer o panorama mais abrangente até agora da estratégia financeira dos EUA contra a facção.

A maior parte da arrecadação do Estado Islâmico evita principalmente o sistema financeiro formal e depende menos de doadores do que grupos militantes como a Al Qaeda, o que o torna menos suscetível às ferramentas tradicionais do Tesouro, como destacar financiadores ricos e colocar bancos em listas negras.

“Não temos uma bala de prata, uma arma secreta para esvaziar os cofres do Estado Islâmico da noite para o dia”, explicou Cohen.

Mas o governo norte-americano e seus parceiros estão trabalhando para encontrar novas maneiras de interromper as atividades do grupo extremista, inclusive suas receitas de petróleo, segundo Cohen.

O Estado Islâmico está recorrendo ao mercado negro do Iraque e da Síria, refinando parte do produto e vendendo-o a contrabandistas que o transportam para a Turquia e para a região curda do Iraque.

A empresa de pesquisa IHS estimou nesta semana que os militantes do Estado Islâmico estavam produzindo o equivalente a cerca de 2 milhões de dólares diários de petróleo bruto antes dos recentes ataques aéreos liderados pelos norte-americanos.

Os EUA e seus aliados, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, iniciaram as incursões contra o grupo no Iraque em agosto e na Síria em setembro, tendo entre seus alvos campos de petróleo e refinarias controlados pela facção.

Os ataques conseguiram reduzir a produção para 20 mil barris por dia, menos de um terço do que era no último verão no hemisfério norte, informou a Agência Internacional de Energia.

Embora os ataques aéreos tenham danificado parte da renda do petróleo do Estado Islâmico, Cohen disse ainda ser importante encontrar outros modos de alcançar as fontes de financiamento do grupo e evitar seu acesso ao sistema financeiro formal mirando intermediários, comerciantes, refinadores e empresas de transporte.

Entre as outras fontes estão estimados 20 milhões de dólares resultantes de sequestros neste ano, que os EUA tentarão bloquear exortando países a não pagar resgates.

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