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EUA alertam para risco de parcialidade em eleições na Venezuela

Os venezuelanos vão às urnas no domingo para eleger 23 governadores em eleições que, segundo a Constituição, deveria ter sido realizada em 2016

Washington pediu a Caracas que permita que observadores nacionais independentes monitorem a eleição e a contagem dos votos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 14h26.

Última atualização em 13 de outubro de 2017 às 15h50.

Os Estados Unidos alertaram para o risco de parcialidade nas eleições de governadores no próximo domingo na Venezuela , ao apontarem ações da autoridade eleitoral do país que "questionam" a legitimidade da votação.

"Preocupa os Estados Unidos que uma série de ações por parte do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) questionem a imparcialidade do processo eleitoral", afirmou o Departamento de Estado, em um comunicado de seu porta-voz, Heather Nauert, datado na quinta-feira.

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O texto mencionou como preocupações o "fechamento de centros de votação nas zonas que são baluartes da oposição", a "manipulação do formato das urnas", o fato de "não permitir uma auditoria completa e independente do software de contagem de votos", assim como a existência de um "padrão de desqualificação por motivações políticas e arbitrárias dos líderes e dos candidatos da oposição".

Como exemplo dessa situação, disse que esta semana o CNE anunciou o fechamento ou relocalização de 203 centros eleitorais em 16 estados, "tipicamente em áreas dominadas pela oposição, e potencialmente privando de seus direitos mais de 450.000 eleitores".

O bloco opositor ao presidente venezuelano Nicolás Maduro fez a mesma denúncia na quarta-feira, acusando o CNE de servir ao governo.

Além disso, o governo de Donald Trump expressou sua "profunda preocupação" pela denúncia pública em 2 de agosto por parte da empresa Smartmatic, que deu suporte tecnológico em várias eleições na Venezuela, de uma "manipulação" dos resultados na votação da Assembleia Constituinte em julho.

Segundo Departamento de Estado, essa votação, "boicoteada pela maioria dos eleitores", facilitou o estabelecimento de uma Constituinte "ilegítima".

Washington pediu a Caracas que permita que observadores nacionais independentes monitorem a eleição e a contagem dos votos.

Os venezuelanos vão às urnas no domingo para eleger 23 governadores em eleições que, segundo a Constituição, deveria ter sido realizada em 2016.

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