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EUA alerta para escalada em Taiwan e convocam embaixador americano na China

"A China optou por uma reação exagerada. Não há justificativa para esta resposta extrema e desproporcional", declarou Blinken

Os exercícios militares da China incluíram disparos de longo alcance com mísseis convencionais. (KENZO TRIBOUILLARD/POOL/AFP/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de agosto de 2022 às 13h51.

Última atualização em 5 de agosto de 2022 às 16h26.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira, 5, que os exercícios militares da China no Estreito de Taiwan são "ações provocativas" e uma "escalada significativa que não tem nenhuma justificativa" e enfatizou que Washington nunca quis "provocar uma crise".

"A China optou por uma reação exagerada. Não há justificativa para esta resposta extrema e desproporcional", declarou Blinken em uma entrevista em Phnom Penh, no Camboja, onde participa da reunião ministerial da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

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Blinken ressaltou que "não há justificativa" para os exercícios militares chineses após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha, que tem sido o principal tema da reunião da Asean.

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Segundo o secretário de Estado, a China utilizou a visita de Pelosi "como pretexto para aumentar sua provocativa atividade militar" no Estreito de Taiwan e arredores. Como reação, na quinta-feira (4) a Casa Branca chamou o embaixador americano na China, Qin Gang, para tratar das ações de Pequim, que chamou de "irresponsáveis".

Ações militares

O Ministério da Defesa taiwanês denunciou que navios e aviões de guerra chineses cruzaram nesta sexta-feira a linha média do Estreito de Taiwan, que funciona como uma fronteira não oficial, mas tacitamente respeitada entre a China e Taiwan, uma ilha autogovernada cuja soberania Pequim reivindica.

Os exercícios militares, que estão ocorrendo em seis áreas ao redor da ilha, incluíram disparos de longo alcance com mísseis convencionais, assim como o posicionamento aéreo de caças e bombardeiros.

Blinken garantiu que nada mudou na política dos EUA em relação a Taiwan e o governo americano não está buscando uma mudança no status quo da ilha e não apoia sua independência.

Taiwan, com o qual os EUA não têm relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas da ilha e seria seu maior aliado militar no caso de um conflito militar com o gigante asiático.

(Estadão Conteúdo, com agências internacionais)

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