EUA admitem desafios após 50 anos de Guerra contra pobreza
Governo reconheceu que, apesar dos avanços, ainda existem grandes desafios em igualdade social quando se completam 50 anos da "Guerra contra a pobreza"
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 07h35.
Washington - O governo dos Estados Unidos admitiu nesta terça-feira que, apesar dos avanços, ainda existem grandes desafios em matéria de igualdade social quando se completam 50 anos da "Guerra contra a pobreza", declarada no dia 8 de janeiro de 1964 pela Administração do presidente democrata Lyndon B. Johnson.
O Executivo do também democrata Barack Obama , que luta contra os republicanos para defender seus programas sociais, não quis desperdiçar a ocasião do simbólico aniversário e publicou um extenso relatório de 53 páginas no qual destaca o papel do governo no combate à pobreza nos últimos 50 anos.
O documento, elaborado pelo Comitê de Conselheiros Econômicos da Casa Branca (CEA, sigla em inglês), indica que a pobreza nos EUA caiu de 26%, em 1967, para 16% em 2012.
No entanto, a Casa Branca admitiu que "é necessário trabalhar mais" para ajudar os 49,7 milhões de americanos que vivem abaixo da linha da pobreza, entre eles 13,4 milhões de crianças.
O 50º aniversário da "Guerra contra a pobreza" de Lyndon B.Johnson chega em um momento no qual o governo de Obama defende, diante da rejeição dos republicanos, iniciativas para reduzir a desigualdade, entre elas o aumento do salário mínimo e a renovação do seguro desemprego.
O relatório oficial destaca que nos 50 anos que se passaram desde que Johnson declarou a "Guerra contra a pobreza" o governo teve um papel-chave no progresso conseguido.
Johnson anunciou uma luta para acabar com a pobreza nos EUA durante seu primeiro Discurso da União diante do Congresso, que pronunciou dois meses após ter substituído o falecido presidente John F. Kennedy no cargo.
O plano de Johnson incluía 15 programas sociais, criados entre 1964 e 1968, que seus sucessores, tanto democratas como republicanos, consolidaram ou reformaram.
Entre as vitórias dos 50 anos de combate à pobreza nos EUA, se destacam os programas de saúde Medicaid, que garante seguro aos cidadãos de baixa renda, e Medicare, que oferece cobertura aos idosos.
Em seu discurso de 1964, Johnson pediu também a abolição de toda forma de discriminação racial, mas o certo é que, meio século depois, a pobreza continua sendo mais evidente entre as minorias, ou seja, os afro-americanos e hispânicos.
As tentativas atuais da Administração democrata para reduzir a desigualdade batem de frente com a ferrenha oposição de vários legisladores republicanos.
Um dos opositores mais convictos dos programas sociais do governo Obama é o senador cubano-americano Marco Rubio, cujo nome está presente na lista de potenciais candidatos à Presidência dos EUA em 2016.
Rubio dará nesta quarta-feira um discurso no qual são esperadas críticas contundentes às políticas sociais iniciadas por Johnson e continuadas por seus sucessores na Casa Branca há 50 anos.
Washington - O governo dos Estados Unidos admitiu nesta terça-feira que, apesar dos avanços, ainda existem grandes desafios em matéria de igualdade social quando se completam 50 anos da "Guerra contra a pobreza", declarada no dia 8 de janeiro de 1964 pela Administração do presidente democrata Lyndon B. Johnson.
O Executivo do também democrata Barack Obama , que luta contra os republicanos para defender seus programas sociais, não quis desperdiçar a ocasião do simbólico aniversário e publicou um extenso relatório de 53 páginas no qual destaca o papel do governo no combate à pobreza nos últimos 50 anos.
O documento, elaborado pelo Comitê de Conselheiros Econômicos da Casa Branca (CEA, sigla em inglês), indica que a pobreza nos EUA caiu de 26%, em 1967, para 16% em 2012.
No entanto, a Casa Branca admitiu que "é necessário trabalhar mais" para ajudar os 49,7 milhões de americanos que vivem abaixo da linha da pobreza, entre eles 13,4 milhões de crianças.
O 50º aniversário da "Guerra contra a pobreza" de Lyndon B.Johnson chega em um momento no qual o governo de Obama defende, diante da rejeição dos republicanos, iniciativas para reduzir a desigualdade, entre elas o aumento do salário mínimo e a renovação do seguro desemprego.
O relatório oficial destaca que nos 50 anos que se passaram desde que Johnson declarou a "Guerra contra a pobreza" o governo teve um papel-chave no progresso conseguido.
Johnson anunciou uma luta para acabar com a pobreza nos EUA durante seu primeiro Discurso da União diante do Congresso, que pronunciou dois meses após ter substituído o falecido presidente John F. Kennedy no cargo.
O plano de Johnson incluía 15 programas sociais, criados entre 1964 e 1968, que seus sucessores, tanto democratas como republicanos, consolidaram ou reformaram.
Entre as vitórias dos 50 anos de combate à pobreza nos EUA, se destacam os programas de saúde Medicaid, que garante seguro aos cidadãos de baixa renda, e Medicare, que oferece cobertura aos idosos.
Em seu discurso de 1964, Johnson pediu também a abolição de toda forma de discriminação racial, mas o certo é que, meio século depois, a pobreza continua sendo mais evidente entre as minorias, ou seja, os afro-americanos e hispânicos.
As tentativas atuais da Administração democrata para reduzir a desigualdade batem de frente com a ferrenha oposição de vários legisladores republicanos.
Um dos opositores mais convictos dos programas sociais do governo Obama é o senador cubano-americano Marco Rubio, cujo nome está presente na lista de potenciais candidatos à Presidência dos EUA em 2016.
Rubio dará nesta quarta-feira um discurso no qual são esperadas críticas contundentes às políticas sociais iniciadas por Johnson e continuadas por seus sucessores na Casa Branca há 50 anos.