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Estudantes realizam 1ª grande manifestação no Chipre

Os manifestantes foram às ruas de Nicósia contra a troika e para exigir "que não hipotequem o futuro país"

Estudantes protestam contra troika no Chipre: os estudantes ganharam apoio e formaram uma barulhenta manifestação com milhares de pessoas (Yannis Behrakis/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 10h31.

Nicósia - A primeira grande manifestação contra a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) desde o início da crise bancária no Chipre foi protagonizada nesta terça-feira por estudantes, que foram às ruas de Nicósia para exigir "que não hipotequem o futuro país".

"Estamos aqui para demonstrar que a juventude do Chipre tem voz e quer firmar resistência contra todas estas medidas. O futuro é nosso, depende de nós e lutaremos por uma vida melhor", afirmou Elisabet Xenodoju, de 18 anos.

Com cartazes que diziam "Vossos erros, nosso futuro", centenas de estudantes, principalmente do ensino médio - tanto público como privado -, começaram a se concentrar por volta das 9h locais após uma chamada emitida nas redes sociais.

Pouco tempo depois, os estudantes ganharam apoio e formaram uma barulhenta manifestação com milhares de pessoas, as quais se dirigiram ao Parlamento e, posteriormente, ao Palácio Presidencial.

"A troika está tirando nosso dinheiro. Todas as famílias estão perdendo dinheiro", denunciou Markos, de 17 anos.

Outros jovens gritavam: "Não hipotequem nosso futuro com a troika", sendo esse o maior medo de muitas famílias cipriotas: que o fim da economia bancária vivenciada até agora no Chipre e a revisão de parte dos depósitos superiores a 100 mil euros provoquem o empobrecimento generalizado do país.


"Eles vêm e tentam nos privar do que nós desejamos. Como nossos pais poderão pagar nossos estudos?", exaltou Andonikí, argumentando que o protesto também exigia "uma sociedade mais limpa e sem corrupção".

Irini e Kristal, duas estudantes de 19 anos, explicaram à Agência Efe que, "por causa da troika e do Governo, que aceitou suas exigências", estão temendo por seu futuro, já que não sabem se terão um posto de trabalho e se terão dinheiro após o imposto parcial sobre os depósitos.

"Temos medo que nossas famílias fiquem sem dinheiro para financiar nossos estudos universitários", completou Kristal.

Ao seu lado, seu amigo Stelyos, dividia as responsabilidades: "Todos cometem erros, mas a culpa do que está ocorrendo em nosso país é, sobretudo, da troika e da Europa".

Dimitris, um jovem de 17 anos que levava uma bandeira europeia manchada e um cartaz que comparava a chanceler alemã, Angela Merkel, com Hitler, se queixava "da guerra econômica" que, segundo sua opinião, está sendo imposta pela Alemanha.

"Pode ser que se saímos do euro tenhamos uma vida pior, mas, pelo menos, poderemos estabelecer nossas próprias regras", finalizou o jovem.

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Nicósia - A primeira grande manifestação contra a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) desde o início da crise bancária no Chipre foi protagonizada nesta terça-feira por estudantes, que foram às ruas de Nicósia para exigir "que não hipotequem o futuro país".

"Estamos aqui para demonstrar que a juventude do Chipre tem voz e quer firmar resistência contra todas estas medidas. O futuro é nosso, depende de nós e lutaremos por uma vida melhor", afirmou Elisabet Xenodoju, de 18 anos.

Com cartazes que diziam "Vossos erros, nosso futuro", centenas de estudantes, principalmente do ensino médio - tanto público como privado -, começaram a se concentrar por volta das 9h locais após uma chamada emitida nas redes sociais.

Pouco tempo depois, os estudantes ganharam apoio e formaram uma barulhenta manifestação com milhares de pessoas, as quais se dirigiram ao Parlamento e, posteriormente, ao Palácio Presidencial.

"A troika está tirando nosso dinheiro. Todas as famílias estão perdendo dinheiro", denunciou Markos, de 17 anos.

Outros jovens gritavam: "Não hipotequem nosso futuro com a troika", sendo esse o maior medo de muitas famílias cipriotas: que o fim da economia bancária vivenciada até agora no Chipre e a revisão de parte dos depósitos superiores a 100 mil euros provoquem o empobrecimento generalizado do país.


"Eles vêm e tentam nos privar do que nós desejamos. Como nossos pais poderão pagar nossos estudos?", exaltou Andonikí, argumentando que o protesto também exigia "uma sociedade mais limpa e sem corrupção".

Irini e Kristal, duas estudantes de 19 anos, explicaram à Agência Efe que, "por causa da troika e do Governo, que aceitou suas exigências", estão temendo por seu futuro, já que não sabem se terão um posto de trabalho e se terão dinheiro após o imposto parcial sobre os depósitos.

"Temos medo que nossas famílias fiquem sem dinheiro para financiar nossos estudos universitários", completou Kristal.

Ao seu lado, seu amigo Stelyos, dividia as responsabilidades: "Todos cometem erros, mas a culpa do que está ocorrendo em nosso país é, sobretudo, da troika e da Europa".

Dimitris, um jovem de 17 anos que levava uma bandeira europeia manchada e um cartaz que comparava a chanceler alemã, Angela Merkel, com Hitler, se queixava "da guerra econômica" que, segundo sua opinião, está sendo imposta pela Alemanha.

"Pode ser que se saímos do euro tenhamos uma vida pior, mas, pelo menos, poderemos estabelecer nossas próprias regras", finalizou o jovem.

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