Estrategista do Citi prevê seis trimestres seguidos de recessão na Europa
Duração da contração econômica deve ser mais extensa do que o visto na Grande Depressão em 1929 e nas últimas décadas no Japão
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 14h52.
São Paulo – A Europa caminha para um período de recessão prolongada que será mais extenso do que a Grande Depressão em 1929 e do que qualquer crise já vivenciada pelo Japão nas últimas décadas, prevê Robert Buckland, estrategista do Citi .
Em relatório citado pelo blog FT Alphaville do jornal britânico Financial Times, o economista do Citi estima que a crise de dívida pública e bancária na Europa deverá resultar em um período de recessão com início previsto para o quarto trimestre de 2012, podendo se estender por seis trimestres consecutivos, ou seja, um ano e meio de duração.
“Esperamos que seja uma recessão prolongada. Nem mesmo no Japão, durante suas décadas perdidas, foi possível constatar a contração do Produto Interno Bruto (PIB) por seis trimestres seguidos”, destaca Buckland.
“Nossas projeções mostram que o PIB da zona do euro estará abaixo da tendência estabelecida durante os primeiros 10 anos de criação do bloco de moeda única, não retornando a picos vistos anteriormente por muitos anos”, explica.
Dada a forma como os bancos na Europa e suas subsidiárias dominam a concessão de empréstimos nos países localizados nas regiões central e oriental do continente, o estrategista do Citi prevê que estas nações serão as mais vulneráveis à crise, não apenas pelos efeitos de uma contração econômica, mas também devido a uma desalavancagem no sistema bancário.
Os empréstimos de bancos europeus (com exceção dos britânicos) foram equivalentes a 100% do PIB da Hungria e da República Tcheca em 2010. Em comparação a outros locais do globo, os financiamentos corresponderam a 40% do PIB de Hong Kong e Cingapura, e foram ainda menores em relação ao PIB de países da América Latina.
São Paulo – A Europa caminha para um período de recessão prolongada que será mais extenso do que a Grande Depressão em 1929 e do que qualquer crise já vivenciada pelo Japão nas últimas décadas, prevê Robert Buckland, estrategista do Citi .
Em relatório citado pelo blog FT Alphaville do jornal britânico Financial Times, o economista do Citi estima que a crise de dívida pública e bancária na Europa deverá resultar em um período de recessão com início previsto para o quarto trimestre de 2012, podendo se estender por seis trimestres consecutivos, ou seja, um ano e meio de duração.
“Esperamos que seja uma recessão prolongada. Nem mesmo no Japão, durante suas décadas perdidas, foi possível constatar a contração do Produto Interno Bruto (PIB) por seis trimestres seguidos”, destaca Buckland.
“Nossas projeções mostram que o PIB da zona do euro estará abaixo da tendência estabelecida durante os primeiros 10 anos de criação do bloco de moeda única, não retornando a picos vistos anteriormente por muitos anos”, explica.
Dada a forma como os bancos na Europa e suas subsidiárias dominam a concessão de empréstimos nos países localizados nas regiões central e oriental do continente, o estrategista do Citi prevê que estas nações serão as mais vulneráveis à crise, não apenas pelos efeitos de uma contração econômica, mas também devido a uma desalavancagem no sistema bancário.
Os empréstimos de bancos europeus (com exceção dos britânicos) foram equivalentes a 100% do PIB da Hungria e da República Tcheca em 2010. Em comparação a outros locais do globo, os financiamentos corresponderam a 40% do PIB de Hong Kong e Cingapura, e foram ainda menores em relação ao PIB de países da América Latina.