Estados da ONU pedem fim de operações militares de Mianmar
A ação retomou uma resolução da ONU que foi derrubada no ano passado por conta do progresso do país em direitos humanos
Reuters
Publicado em 16 de novembro de 2017 às 21h53.
Nações Unidas - Um comitê da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira para Mianmar cessar suas operações militares que "levaram à violação sistemática e abuso de direitos humanos" de muçulmanos rohingya no Estado birmanês de Rakhine.
A ação retomou uma resolução da ONU que foi derrubada no ano passado por conta do progresso do país em direitos humanos.
O Terceiro Comitê da Assembleia Geral, que foca em direitos humanos, teve 135 votos a favor, 10 contra e 26 abstenções no projeto de texto que também pede para o secretário-geral da ONU, António Guterres, nomear um enviado especial para Mianmar.
Por 15 anos o Terceiro Comitê adotou anualmente uma resolução condenando o histórico de direitos humanos de Mianmar, mas no ano passado a União Europeia não apresentou um projeto de texto, citando progresso sob a liderança de Aung San Suu Kyi.
No entanto, nos últimos três meses mais de 600 mil muçulmanos rohingya fugiram para Bangladesh após o Exército de Mianmar começar uma operação contra militantes rohingya, que atacaram 30 postos de segurança e uma base militar no Estado de Rakhine em 25 de agosto.
Isto fez com que a Organização para a Cooperação Islâmica apresentasse um novo esboço de resolução na ONU, que agora será formalmente adotado pela Assembleia Geral de 193 membros no próximo mês. A resolução aprofunda pressão internacional, mas não possui consequências legais.