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Estado palestino destruirá economia israelense, diz ministro

Ministro israelense de Economia afirmou que o estabelecimento de um estado palestino prejudicará gravemente a economia de Israel


	Homem exibe bandeira palestina: "a economia de Israel será dizimada pelo estado palestino" caso chegue a se estabelecer, afirmou ministro
 (Marco Longari/AFP)

Homem exibe bandeira palestina: "a economia de Israel será dizimada pelo estado palestino" caso chegue a se estabelecer, afirmou ministro (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 13h29.

Jerusalém - O ministro israelense de Economia, Naftali Bennet, afirmou nesta segunda-feira que o estabelecimento de um estado palestino prejudicará gravemente a economia de Israel.

"A economia de Israel será dizimada pelo estado palestino" caso chegue a se estabelecer, afirmou o ministro durante um encontro com militantes de seu partido, o pró-colono Habait Hayehudi, contrário à solução de dois Estados.

Bennet censurou as ameaças de um boicote econômico aos produtos elaborados em colônias judaicas do território ocupado e afirmou que esse tipo de campanha é uma nova tentativa de buscar desculpas para justificar a solução de dois Estados e "dividir Israel" depois da guerra dos Seis Dias, em 1967.

Em seu discurso, Bennet apareceu junto de um mapa de Israel que incluía a Cisjordânia como parte do território soberano, e em seu lugar apareciam Judéia e Samaria como um terreno montanhoso que resguarda o centro do país dos palestinos, informou o site "Ynet".

Em um segundo gráfico o ministro refletiu a correlação entre as negociações com os palestinos e a evolução da economia israelense, Bennet defendeu o argumento de que o processo de paz e seu fracasso têm um impacto negativo no crescimento do país.

"Israel pertenceu ao povo judeu durante milhares de anos, e esse é um fato. Mas agora falo de economia", ressaltou o ministro, que representa a ala mais radical do governo.

"Durante mais de 20 anos houve uma determinação de dividir o país, só que agora a desculpa mudou. Antes diziam que era pela paz, depois para aplacar o mundo, por razões demográficas, e agora pela economia", sustentou.

"Dividiríamos Jerusalém só por razões econômicas? Renunciaríamos à Galileia ou entregaríamos Neguev só pela pressão internacional sobre nosso tratamento aos beduínos?", se perguntou Bennet.

As afirmações do titular de Economia vieram depois do pedido feito por uma centena de grandes empresários israelenses ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para que seja fechado um acordo de paz com os palestinos o mais rápido possível porque o conflito é um empecilho para a economia e ameaça com a imposição de sanções a Israel.

"O mundo perde a paciência e a ameaça de sanções cresce", será a mensagem que a delegação empresarial israelense levará semana que vem ao Fórum Econômico de Davos, onde se dedicará todo um dia ao conflito do Oriente Médio.

O grupo, que reúne os principais empresários e industriais locais, retomou a iniciativa em favor do diálogo e da paz com os palestinos, como fez nos anos 90 durante o processo de Oslo, informou nesta segunda o jornal "Yedioth Ahronoth". 

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