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Espanha diz na ONU que não reverá anistia pós-Franco

Autoridades espanholas afirmaram que uma anistia não será revista, apesar da crescente pressão para que isso ocorra

General Francisco Franco, que governou a Espanha durante boa parte do século XX, é saudado em sua recepção em Burgos, em 1934 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 19h37.

Genebra - A Espanha afirmou nesta quarta-feira a uma comissão da ONU que uma anistia de 1978 abrangendo crimes políticos cometidos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e o subsequente regime do ditador direitista Francisco Franco não será revista, apesar da crescente pressão para que isso ocorra.

Autoridades espanholas depuseram à Comissão da Organização das Nações Unidas sobre Desaparições Forçadas, dois dias depois de o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón e grupos de direitos humanos pedirem à comissão que declarasse à Espanha que havia a obrigação jurídica de reexaminar o período.

"As medidas tomadas pelo Estado espanhol em 1978 não serão revistas", disse a embaixadora da Espanha em Genebra, Ana Menéndez Pérez, à comissão formada por 11 juristas.

Garzón diz que pelo menos 152 mil civis desapareceram nas mãos dos nacionalistas espanhóis de Franco durante a Guerra Civil e nos 12 primeiros anos do regime dele, que duraria até 1975.

Ativistas dentro e fora da Espanha, inclusive da organização Anistia Internacional, dizem que milhares de vítimas permanecem sepultadas em valas comuns e que em alguns casos familiares esperam há 70 anos por esclarecimentos sobre o destino dessas pessoas.

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Genebra - A Espanha afirmou nesta quarta-feira a uma comissão da ONU que uma anistia de 1978 abrangendo crimes políticos cometidos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e o subsequente regime do ditador direitista Francisco Franco não será revista, apesar da crescente pressão para que isso ocorra.

Autoridades espanholas depuseram à Comissão da Organização das Nações Unidas sobre Desaparições Forçadas, dois dias depois de o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón e grupos de direitos humanos pedirem à comissão que declarasse à Espanha que havia a obrigação jurídica de reexaminar o período.

"As medidas tomadas pelo Estado espanhol em 1978 não serão revistas", disse a embaixadora da Espanha em Genebra, Ana Menéndez Pérez, à comissão formada por 11 juristas.

Garzón diz que pelo menos 152 mil civis desapareceram nas mãos dos nacionalistas espanhóis de Franco durante a Guerra Civil e nos 12 primeiros anos do regime dele, que duraria até 1975.

Ativistas dentro e fora da Espanha, inclusive da organização Anistia Internacional, dizem que milhares de vítimas permanecem sepultadas em valas comuns e que em alguns casos familiares esperam há 70 anos por esclarecimentos sobre o destino dessas pessoas.

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