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Erro humano pode ter causado acidente do Boeing da Flydubai

A televisão estatal russa divulgou na sexta-feira à noite o que seriam as últimas palavras dos pilotos do Boeing da companhia Flydubai que caiu em 19 de março

FlyDubai: acidente com Boeing da companhia aérea matou todos os 55 passageiros e sete tripulantes (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2016 às 10h20.

A televisão estatal russa divulgou na sexta-feira à noite o que seriam as últimas palavras dos pilotos do Boeing da companhia Flydubai que caiu em 19 de março durante sua aterrissagem no aeroporto de Rostov do Don, no sul da Rússia , sugerindo que um erro humano poderia explicar a catástrofe que fez 62 mortos.

O canal Rossiya-1 afirma ter obtido a transcrição das últimas palavras dos pilotos, um minuto antes do avião atingir o solo, de uma fonte que participa da comissão de inquérito com acesso aos registos da aeronave.

O Boeing 737-800 da companhia Flydubai, procedente de Dubai, caiu às 03H42 locais do sábado passado quando tentava, pela segunda vez, aterrizar no aeroporto de Rostov do Don após uma fracassada primeira tentativa devido às más condições de visibilidade e meteorológicas.

A aeronave transformou-se em uma grande bola de fogo e seu restos se dispersaram até um quilômetro e meio do local do acidente.

As 62 pessoas que estavam a bordo morreram. Entre os passageiros estavam 44 russos, 8 ucranianos, dois indianos e um uzbeque, segundo a Flydubai.

Entre os sete membros da tripulação, havia dois espanhóis (um deles o copiloto), um colombiano, um cipriota (o piloto), um russo, um cidadão de Seychelles e um cidadão do Quirguistão.

A companhia informou que o piloto e o copiloto tinham cada um 6.000 horas de voo.

A transcrição sugere que o piloto perdeu o controle da aeronave imediatamente após parar o sistema de piloto automático, e que o avião mergulhou em direção ao solo.

"Não se preocupe", afirma o piloto várias vezes na transcrição traduzida em russo, antes de dizer: "Não faça isso!". Suas últimas palavras são: "Suba", que ele repete várias vezes, referindo-se ao manche do dispositivo.

Durante os últimos seis segundos antes do acidente, só é possível ouvir "gritos desumanos", acrescenta a fonte.

O canal, que enfatiza que não se trata da versão oficial, sugere que o piloto acidentalmente ativou o estabilizador da cauda do avião ao tentar trazê-lo de volta à horizontal.

Quando este comando é ativado, o dispositivo dificilmente reage aos comandos do piloto, de acordo com a televisão. "Está claro que os pilotos não compreenderam que o estabilizador foi responsável pela queda do avião", indica.

Uma investigação criminal foi aberta para determinar as causas do acidente.

As duas caixas-pretas do avião foram recuperadas e levadas para Moscou, mas o Comitê Intergovernamental da Aviação (MAK), responsável pelo caso, havia indicado em um primeiro momento que elas estavam "muito danificadas" e que sua descriptografia poderia levar tempo.

A Flydubai, que pertence ao governo de Dubai (Emirados Árabes Unidos), foi criada em março de 2008. Desde então, esta companhia de baixo custo registrou uma forte expansão, à sombra de sua irmã mais velha Emirates, a primeira companhia do mundo em número de passageiros internacionais.

A companhia aérea, que não havia registrado nenhum acidente importante desde sua criação, tem uma frota de 50 Boeing 737 que viajam para 90 destinos situados a menos de seis horas de voo de Dubai.

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A televisão estatal russa divulgou na sexta-feira à noite o que seriam as últimas palavras dos pilotos do Boeing da companhia Flydubai que caiu em 19 de março durante sua aterrissagem no aeroporto de Rostov do Don, no sul da Rússia , sugerindo que um erro humano poderia explicar a catástrofe que fez 62 mortos.

O canal Rossiya-1 afirma ter obtido a transcrição das últimas palavras dos pilotos, um minuto antes do avião atingir o solo, de uma fonte que participa da comissão de inquérito com acesso aos registos da aeronave.

O Boeing 737-800 da companhia Flydubai, procedente de Dubai, caiu às 03H42 locais do sábado passado quando tentava, pela segunda vez, aterrizar no aeroporto de Rostov do Don após uma fracassada primeira tentativa devido às más condições de visibilidade e meteorológicas.

A aeronave transformou-se em uma grande bola de fogo e seu restos se dispersaram até um quilômetro e meio do local do acidente.

As 62 pessoas que estavam a bordo morreram. Entre os passageiros estavam 44 russos, 8 ucranianos, dois indianos e um uzbeque, segundo a Flydubai.

Entre os sete membros da tripulação, havia dois espanhóis (um deles o copiloto), um colombiano, um cipriota (o piloto), um russo, um cidadão de Seychelles e um cidadão do Quirguistão.

A companhia informou que o piloto e o copiloto tinham cada um 6.000 horas de voo.

A transcrição sugere que o piloto perdeu o controle da aeronave imediatamente após parar o sistema de piloto automático, e que o avião mergulhou em direção ao solo.

"Não se preocupe", afirma o piloto várias vezes na transcrição traduzida em russo, antes de dizer: "Não faça isso!". Suas últimas palavras são: "Suba", que ele repete várias vezes, referindo-se ao manche do dispositivo.

Durante os últimos seis segundos antes do acidente, só é possível ouvir "gritos desumanos", acrescenta a fonte.

O canal, que enfatiza que não se trata da versão oficial, sugere que o piloto acidentalmente ativou o estabilizador da cauda do avião ao tentar trazê-lo de volta à horizontal.

Quando este comando é ativado, o dispositivo dificilmente reage aos comandos do piloto, de acordo com a televisão. "Está claro que os pilotos não compreenderam que o estabilizador foi responsável pela queda do avião", indica.

Uma investigação criminal foi aberta para determinar as causas do acidente.

As duas caixas-pretas do avião foram recuperadas e levadas para Moscou, mas o Comitê Intergovernamental da Aviação (MAK), responsável pelo caso, havia indicado em um primeiro momento que elas estavam "muito danificadas" e que sua descriptografia poderia levar tempo.

A Flydubai, que pertence ao governo de Dubai (Emirados Árabes Unidos), foi criada em março de 2008. Desde então, esta companhia de baixo custo registrou uma forte expansão, à sombra de sua irmã mais velha Emirates, a primeira companhia do mundo em número de passageiros internacionais.

A companhia aérea, que não havia registrado nenhum acidente importante desde sua criação, tem uma frota de 50 Boeing 737 que viajam para 90 destinos situados a menos de seis horas de voo de Dubai.

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