Equipes que buscam sobreviventes de naufrágio lutam contra relógio
Comissário-chefe do navio foi trazido de maca após ficar preso nas entranhas da embarcação por 36 horas
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2012 às 16h29.
Eulalia Blanchard.
Ilha de Giglio (Itália), 15 jan (EFE).- Os mergulhadores encarregados de buscar os desaparecidos que ainda podem estar no interior do cruzeiro 'Costa Concordia', que naufragou na noite desta sexta-feira próximo à ilha de Giglio, na Itália, prosseguem suas tarefas pessimistas após terem encontrado os corpos de dois idosos numa cabine.
A descoberta das duas vítimas fatais foi devastadora para o ânimo das equipes de resgate. Horas antes, três pessoas foram encontradas com vida dentro da embarcação, o que aumentou a esperança de existirem mais sobreviventes.
A embarcação, na qual viajavam 4.229 pessoas e que encalhou num banco de areia de cerca de setenta metros no litoral da ilha, que pertence à cidade de Grosseto, na Toscana, está bastante inclinada para seu lado esquerdo, o que dificulta o trabalho dos bombeiros e mergulhadores.
Ao se chegar à ilha de Giglio partindo num dos navios de Porto Santo Stefano, o que primeiro chama a atenção é ver como apenas o lado esquerdo da embarcação, onde uma enorme rocha está encravada no casco, está fora da água.
Além disso, botes salva-vidas que não puderam ser usados no caótico momento da evacuação dos passageiros permanecem pendurados na embarcação.
Da ilha é possível ver a cobertura do navio em posição vertical, uma quadra de tênis, o terraço e o grande escorrega da piscina, do que foi o maior transatlântico que já naufragou em todo o mundo.
Uma imagem assustadora que permite entender a magnitude da tragédia, e que fez os passageiros lembrarem do Titanic, que afundou nas águas do Atlântico Norte em 1912.
Da ilha, também é possível acompanhar o trabalho das equipes de resgate, que estão em vários barcos ao redor do navio, que tem 114.500 toneladas e quase 300 metros de comprimento.
Neste domingo, quem estava no local pôde acompanhar o resgate por helicóptero de Marco Gianpietroni, comissário-chefe do 'Costa Concordia', que foi trazido numa maca do interior da embarcação, após ser localizado na ponte três do transatlântico. Ele fico preso nas entranhas do navio e permaneceu 36 horas dentro do transatlântico.
A façanha demonstrou as dificuldades que as equipes de salvamento têm pela frente. Além do frio e da escuridão no interior do navio, os homens que trabalham no resgate precisam ir até a parte superior do lado esquerdo, de onde descem em cordas para o interior da embarcação.
Segundo explicaram à Agência Efe fontes do governo da Toscana, só estão trabalhando no interior do transatlântico bombeiros especialistas em espeleologia (ciência que estuda o interior de cavernas).
No píer da pequena ilha do mar Tirreno, é onde está concentrada toda a atividade da localidade, que por se tratar de um destino turístico, conta nessa época do ano (inverno na Europa) com apenas cerca de mil habitantes, que após o naufrágio abrigaram os sobreviventes em suas casas.
De uma hora para a outra, Giglio se viu abarrotada de gente, que trabalham no centro de operação instalado no porto e de onde se controla o trabalho das equipes de busca, além, é claro, de um grande quantidade de jornalistas que foi para o local.
A igreja da ilha, que na noite de sexta se tornou abrigo para os sobreviventes, recuperou sua aparência original. Neste domingo, porém, alguns coletes salva-vidas permaneciam pelos cantos do templo, imagem que se repete em todos os outros lugares para onde as pessoas que estavam a bordo do navio se refugiaram após a tragédia, como uma creche e um pequeno hotel.
Eulalia Blanchard.
Ilha de Giglio (Itália), 15 jan (EFE).- Os mergulhadores encarregados de buscar os desaparecidos que ainda podem estar no interior do cruzeiro 'Costa Concordia', que naufragou na noite desta sexta-feira próximo à ilha de Giglio, na Itália, prosseguem suas tarefas pessimistas após terem encontrado os corpos de dois idosos numa cabine.
A descoberta das duas vítimas fatais foi devastadora para o ânimo das equipes de resgate. Horas antes, três pessoas foram encontradas com vida dentro da embarcação, o que aumentou a esperança de existirem mais sobreviventes.
A embarcação, na qual viajavam 4.229 pessoas e que encalhou num banco de areia de cerca de setenta metros no litoral da ilha, que pertence à cidade de Grosseto, na Toscana, está bastante inclinada para seu lado esquerdo, o que dificulta o trabalho dos bombeiros e mergulhadores.
Ao se chegar à ilha de Giglio partindo num dos navios de Porto Santo Stefano, o que primeiro chama a atenção é ver como apenas o lado esquerdo da embarcação, onde uma enorme rocha está encravada no casco, está fora da água.
Além disso, botes salva-vidas que não puderam ser usados no caótico momento da evacuação dos passageiros permanecem pendurados na embarcação.
Da ilha é possível ver a cobertura do navio em posição vertical, uma quadra de tênis, o terraço e o grande escorrega da piscina, do que foi o maior transatlântico que já naufragou em todo o mundo.
Uma imagem assustadora que permite entender a magnitude da tragédia, e que fez os passageiros lembrarem do Titanic, que afundou nas águas do Atlântico Norte em 1912.
Da ilha, também é possível acompanhar o trabalho das equipes de resgate, que estão em vários barcos ao redor do navio, que tem 114.500 toneladas e quase 300 metros de comprimento.
Neste domingo, quem estava no local pôde acompanhar o resgate por helicóptero de Marco Gianpietroni, comissário-chefe do 'Costa Concordia', que foi trazido numa maca do interior da embarcação, após ser localizado na ponte três do transatlântico. Ele fico preso nas entranhas do navio e permaneceu 36 horas dentro do transatlântico.
A façanha demonstrou as dificuldades que as equipes de salvamento têm pela frente. Além do frio e da escuridão no interior do navio, os homens que trabalham no resgate precisam ir até a parte superior do lado esquerdo, de onde descem em cordas para o interior da embarcação.
Segundo explicaram à Agência Efe fontes do governo da Toscana, só estão trabalhando no interior do transatlântico bombeiros especialistas em espeleologia (ciência que estuda o interior de cavernas).
No píer da pequena ilha do mar Tirreno, é onde está concentrada toda a atividade da localidade, que por se tratar de um destino turístico, conta nessa época do ano (inverno na Europa) com apenas cerca de mil habitantes, que após o naufrágio abrigaram os sobreviventes em suas casas.
De uma hora para a outra, Giglio se viu abarrotada de gente, que trabalham no centro de operação instalado no porto e de onde se controla o trabalho das equipes de busca, além, é claro, de um grande quantidade de jornalistas que foi para o local.
A igreja da ilha, que na noite de sexta se tornou abrigo para os sobreviventes, recuperou sua aparência original. Neste domingo, porém, alguns coletes salva-vidas permaneciam pelos cantos do templo, imagem que se repete em todos os outros lugares para onde as pessoas que estavam a bordo do navio se refugiaram após a tragédia, como uma creche e um pequeno hotel.