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Equador dá prazo para acusado de morte de jornalistas se entregar

Em tom de ameaça, presidente Lenín Moreno deu prazo de dez dias para que " El Guacho" se apresente às autoridades do país

Moreno: presidente equatoriano afirmou que o guerrilheiro escolheu o "inimigo errado" (Daniel Tapia/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 22h53.

O presidente do Equador , Lenín Moreno, deu um prazo de dez dias ao guerrilheiro "Guacho", dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) e principal suspeito do assassinato da equipe do jornal "El Comercio", para se entregar.

"Damos dez dias para que 'Guacho', esse criminoso desumano, se entregar à Justiça. Caso contrário, ele acompanhará nossos queridos irmãos na passagem, mas certamente para um caminho diferente", afirmou Moreno.

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Walter Patricio Vernaza, conhecido como 'Guacho', é o principal acusado de ser o responsável pelo sequestro e assassinato do jornalista Javier Ortega, de 36 anos, do fotógrafo Paúl Rivas, de 45, e do motorista Efraín Segarra, de 60.

O presidente equatoriano afirmou que o guerrilheiro escolheu o "inimigo errado" porque seu governo está disposto a impedir que grupos armados ilegais atuem no país.

"Somos um país de paz e assim queremos continuar, a qualquer custo", disse Moreno durante um evento no oeste do país.

O sequestro dos três profissionais do jornal "El Comercio" ocorreu no dia 26 de março, quando eles realizavam matérias na província de Esmeraldas, perto da fronteira com a Colômbia.

Na última sexta-feira, depois de retornar do Peru e abandonar a Cúpula das Américas, Moreno confirmou a morte dos três com base em fotografias enviadas a uma emissora colombiana e informações obtidas pelos serviços de inteligência dos dois países.

Desde então, as forças de segurança do Equador lançaram uma série de operações na região da fronteira para encontrar os assassinos e neutralizar as atividades do grupo no norte do país. Até o momento, o governo não conseguiu localizar os corpos das três vítimas.

Moreno afirmou que os autores do crime serão perseguidos e castigados no país. "Vieram para o lugar errado!", disse.

Os governos de Equador e Colômbia ofereceram uma recompensa de US$ 230 mil por informações que permitam a captura de "Guacho".

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