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Enviado da ONU diz que violência diminuiu na Síria

O mediador indicou que as partes mantiveram a cessação das hostilidades durante seis dias e que isso já era uma boa notícia por si só

Síria: "Seis dias é um período considerável, sobretudo se levarmos em conta que o conflito já dura cinco anos" (Abdalrhman Ismail / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 11h48.

Genebra - O enviado especial da ONU para a Síria , Staffan de Mistura, disse esta quinta-feira que a cessação de hostilidades no país "diminuiu de forma considerável" e que "em geral" o cessar-fogo está sendo cumprido.

Ele entrou em vigor dia 27 de fevereiro à 0h (19h do dia 26 em Brasília), depois de ser firmado pelo governo sírio e por 97 facções e grupos da oposição armada, excluídos os grupos terroristas Estado Islâmico e Frente al Nusra.

O mediador indicou que as partes mantiveram a cessação das hostilidades durante seis dias e que isso já era uma boa notícia por si só.

"Seis dias é um período considerável, sobretudo se levarmos em conta que o conflito já dura cinco anos", especificou.

No entanto, De Mistura admitiu que ainda há combates em vários lugares e citou Hama, Homs, Latakia e Damasco, embora tenha ficado satisfeito por estes incidentes poderem "ser contidos".

"Os dois co-presidentes da cessação de hostilidades - Estados Unidos e Rússia - estão trabalhando e dando uma atenção especial a estes incidentes, e até o momento puderam ser contidos".

De Mistura explicou que os participantes do grupo de trabalho sobre a cessação de hostilidades - que têm centros de operação trabalhando 24 horas em Genebra, Amã, Moscou e Washington - estão trabalhando para identificar se há "alguma tendência negativa" que possa afetar a confiança dos sírios no processo.

"A situação poderia ser resumida como frágil, o sucesso não está garantido, mas o progresso é visível para todos e especialmente para os sírios", sustentou.

De Mistura lembrou que a cessação das hostilidades e a entrega de ajuda humanitária às mais de 480 mil pessoas que vivem em regiões sitiadas, estão estreitamente interrelacionadas com o processo político e a nova rodada de negociações de paz, programadas para a semana que vem.

"Manter a cessação de hostilidades e a entrega de assistência é extremamente importante para facilitar a atmosfera e a credibilidade das negociações. Mas não são pré-condições, a pré-condição é que todo o mundo veja que o processo político acabará com a tragédia na Síria", destacou.

O enviado especial confirmou que marcou para dia 9 de março à tarde para iniciar o novo diálogo que será, como na primeira tentativa de janeiro, "encontros de proximidade".

Ou seja, as partes não se encontrarão diretamente em volta de uma mesma mesa, mas ambas estarão em Genebra, e De Mistura se reunirá separadamente com cada uma delas.

Neste sentido, o mediador disse que algumas delegações poderiam estar em Genebra no mesmo dia 9, "mas outras poderiam estar dia 11, outras inclusive dia 14", alertou.

Participaram da rodada de janeiro uma delegação do governo sírio e a formada dentro da Comissão Suprema para as Negociações, uma aliança de grupos opositores políticos e armados sírios que foi aceita como interlocutora válida.

No entanto, ambas entraram rapidamente em uma dinâmica de acusações mútuas e a oposição exigiu que o regime de Damasco, antes de entrar nas conversas essenciais, levantasse o cerco militar sobre regiões povoadas controladas pela oposição.

Além disso, exigiu a cessação de bombardeios sírios e russos sobre zonas civis, coisa que não só não ocorreu mas que se intensificaram, o que levou ao fracasso das negociações e a suspensão do processo pelo enviado da ONU.

O mediador espera que os participantes das discussões permitam o cumprimento da resolução 2254 do Conselho de Segurança, que promove a regulação política da guerra na Síria, a cessação das hostilidades e a melhora da situação humanitária.

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Genebra - O enviado especial da ONU para a Síria , Staffan de Mistura, disse esta quinta-feira que a cessação de hostilidades no país "diminuiu de forma considerável" e que "em geral" o cessar-fogo está sendo cumprido.

Ele entrou em vigor dia 27 de fevereiro à 0h (19h do dia 26 em Brasília), depois de ser firmado pelo governo sírio e por 97 facções e grupos da oposição armada, excluídos os grupos terroristas Estado Islâmico e Frente al Nusra.

O mediador indicou que as partes mantiveram a cessação das hostilidades durante seis dias e que isso já era uma boa notícia por si só.

"Seis dias é um período considerável, sobretudo se levarmos em conta que o conflito já dura cinco anos", especificou.

No entanto, De Mistura admitiu que ainda há combates em vários lugares e citou Hama, Homs, Latakia e Damasco, embora tenha ficado satisfeito por estes incidentes poderem "ser contidos".

"Os dois co-presidentes da cessação de hostilidades - Estados Unidos e Rússia - estão trabalhando e dando uma atenção especial a estes incidentes, e até o momento puderam ser contidos".

De Mistura explicou que os participantes do grupo de trabalho sobre a cessação de hostilidades - que têm centros de operação trabalhando 24 horas em Genebra, Amã, Moscou e Washington - estão trabalhando para identificar se há "alguma tendência negativa" que possa afetar a confiança dos sírios no processo.

"A situação poderia ser resumida como frágil, o sucesso não está garantido, mas o progresso é visível para todos e especialmente para os sírios", sustentou.

De Mistura lembrou que a cessação das hostilidades e a entrega de ajuda humanitária às mais de 480 mil pessoas que vivem em regiões sitiadas, estão estreitamente interrelacionadas com o processo político e a nova rodada de negociações de paz, programadas para a semana que vem.

"Manter a cessação de hostilidades e a entrega de assistência é extremamente importante para facilitar a atmosfera e a credibilidade das negociações. Mas não são pré-condições, a pré-condição é que todo o mundo veja que o processo político acabará com a tragédia na Síria", destacou.

O enviado especial confirmou que marcou para dia 9 de março à tarde para iniciar o novo diálogo que será, como na primeira tentativa de janeiro, "encontros de proximidade".

Ou seja, as partes não se encontrarão diretamente em volta de uma mesma mesa, mas ambas estarão em Genebra, e De Mistura se reunirá separadamente com cada uma delas.

Neste sentido, o mediador disse que algumas delegações poderiam estar em Genebra no mesmo dia 9, "mas outras poderiam estar dia 11, outras inclusive dia 14", alertou.

Participaram da rodada de janeiro uma delegação do governo sírio e a formada dentro da Comissão Suprema para as Negociações, uma aliança de grupos opositores políticos e armados sírios que foi aceita como interlocutora válida.

No entanto, ambas entraram rapidamente em uma dinâmica de acusações mútuas e a oposição exigiu que o regime de Damasco, antes de entrar nas conversas essenciais, levantasse o cerco militar sobre regiões povoadas controladas pela oposição.

Além disso, exigiu a cessação de bombardeios sírios e russos sobre zonas civis, coisa que não só não ocorreu mas que se intensificaram, o que levou ao fracasso das negociações e a suspensão do processo pelo enviado da ONU.

O mediador espera que os participantes das discussões permitam o cumprimento da resolução 2254 do Conselho de Segurança, que promove a regulação política da guerra na Síria, a cessação das hostilidades e a melhora da situação humanitária.

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