Encontros bilaterais: a outra cúpula ibero-americana
O rei e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, foram os mais solicitados, com vários encontros cada um, entre os quais com o presidente colombiano Juan Manuel Santos
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 17h36.
Cádiz (Espanha) - A Cúpula Ibero-Americana de Cádiz, que foi aberta hoje pelo rei Juan Carlos, teve um longo prólogo de encontros bilaterais aproveitados pelos chefes de Estado para debater assuntos fora da reunião principal.
O rei, anfitrião da cúpula, e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, foram os mais solicitados, com vários encontros cada um, entre os quais com o presidente colombiano Juan Manuel Santos, que estreava em uma cúpula ibero-americana, e com o veterano presidente equatoriano, Rafael Correa.
Apoiado em uma muleta, o monarca se reuniu com os dois líderes latino-americanos e brincou com Santos.
'Aqui me tens, um pouco paralítico, mas bem', comentou sorridente o monarca enquanto dava as boas-vindas ao governante colombiano com um efusivo abraço.
Depois, eles repassaram as relações entre dois países em uma jornada na qual Santos expôs as grandes oportunidades de investimento na Colômbia e lembrou que nos próximos 18 meses fará concessões e investimentos público-privados no valor de US$ 30 bilhões.
Rafael Correa também conversou com o rei sobre as perspectivas da relação bilateral com o Equador, que conta com uma ampla comunidade na Espanha . Os problemas que muitos destes cidadãos sofrem por causa da crise espanhola, especialmente os relacionados ao despejo de inquilinos por inadimplência, foi um dos temas tratados por Correa na reunião com Rajoy, que lhe explicou os detalhes das últimas medidas adotadas para aliviar a situação.
Em declarações aos jornalistas após a reunião, Correa admitiu que as medidas 'são um passo', mas ainda insuficientes, já que limitam a proteção a casos específicos e a um nível de renda para famílias com renda anual inferior a 19 mil euros.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, cancelou a reunião prevista com Rajoy por ter se sentido indisposto após ter disputado um jogo de futebol com uma equipe composta por membros da comissão técnica do Cádiz e vários vereadores da prefeitura da cidade, contra outro da Organização Ibero-Americana da Juventude (OIJ).
Mas, além dos encontros com os anfitriões da cúpula, os presidentes participantes aproveitaram para discutir os temas que lhes interessam ou preocupam em reuniões no âmbito do encontro de Cádiz.
Uma das mais solicitadas foi a presidente Dilma Rousseff, que estreia na cúpula e se reuniu hoje com o chefe de Estado do Haiti, Michel Martelly, que participa como convidado especial.
Estas reuniões privadas são aproveitadas em geral nas cúpulas para abordar temas que os países têm interesse em discutir longe dos holofotes. Por exemplo, a intenção da Espanha de conseguir um assento como membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU, e a busca de apoios por parte de Portugal para sua candidatura à Comissão de Direitos Humanos da ONU, segundo reconheceram fontes da delegação lusa.
Cádiz (Espanha) - A Cúpula Ibero-Americana de Cádiz, que foi aberta hoje pelo rei Juan Carlos, teve um longo prólogo de encontros bilaterais aproveitados pelos chefes de Estado para debater assuntos fora da reunião principal.
O rei, anfitrião da cúpula, e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, foram os mais solicitados, com vários encontros cada um, entre os quais com o presidente colombiano Juan Manuel Santos, que estreava em uma cúpula ibero-americana, e com o veterano presidente equatoriano, Rafael Correa.
Apoiado em uma muleta, o monarca se reuniu com os dois líderes latino-americanos e brincou com Santos.
'Aqui me tens, um pouco paralítico, mas bem', comentou sorridente o monarca enquanto dava as boas-vindas ao governante colombiano com um efusivo abraço.
Depois, eles repassaram as relações entre dois países em uma jornada na qual Santos expôs as grandes oportunidades de investimento na Colômbia e lembrou que nos próximos 18 meses fará concessões e investimentos público-privados no valor de US$ 30 bilhões.
Rafael Correa também conversou com o rei sobre as perspectivas da relação bilateral com o Equador, que conta com uma ampla comunidade na Espanha . Os problemas que muitos destes cidadãos sofrem por causa da crise espanhola, especialmente os relacionados ao despejo de inquilinos por inadimplência, foi um dos temas tratados por Correa na reunião com Rajoy, que lhe explicou os detalhes das últimas medidas adotadas para aliviar a situação.
Em declarações aos jornalistas após a reunião, Correa admitiu que as medidas 'são um passo', mas ainda insuficientes, já que limitam a proteção a casos específicos e a um nível de renda para famílias com renda anual inferior a 19 mil euros.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, cancelou a reunião prevista com Rajoy por ter se sentido indisposto após ter disputado um jogo de futebol com uma equipe composta por membros da comissão técnica do Cádiz e vários vereadores da prefeitura da cidade, contra outro da Organização Ibero-Americana da Juventude (OIJ).
Mas, além dos encontros com os anfitriões da cúpula, os presidentes participantes aproveitaram para discutir os temas que lhes interessam ou preocupam em reuniões no âmbito do encontro de Cádiz.
Uma das mais solicitadas foi a presidente Dilma Rousseff, que estreia na cúpula e se reuniu hoje com o chefe de Estado do Haiti, Michel Martelly, que participa como convidado especial.
Estas reuniões privadas são aproveitadas em geral nas cúpulas para abordar temas que os países têm interesse em discutir longe dos holofotes. Por exemplo, a intenção da Espanha de conseguir um assento como membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU, e a busca de apoios por parte de Portugal para sua candidatura à Comissão de Direitos Humanos da ONU, segundo reconheceram fontes da delegação lusa.