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Empresa na Coreia do Sul oferece R$ 375 mil para que funcionários tenham filhos

A taxa de natalidade em Seul, onde vive um quinto da população do país, foi de 0,59 em 2022

Funcionários de uma empresa tiveram 70 filhos desde 2021, quando começaram os incentivos (JUNG YEON-JE/AFP/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 08h39.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2024 às 13h37.

Uma empresa sul-coreana está oferecendo aos funcionários até US$ 75.000 para que tenham filhos e ajudem a aumentar a taxa de natalidade do país, que está em dificuldades.

Segundo o Business Insider, a Ssangbangwool, uma empresa de roupas íntimas, disse na quinta-feira que daria aos funcionários US$ 22.400 para o primeiro filho, outros US$ 22.400 para o segundo filho e US$ 30.000 para o terceiro.

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"Uma baixa taxa de natalidade é uma tarefa importante a ser superada por nossa sociedade. A empresa assumirá a responsabilidade e se esforçará ao máximo para ajudar o país a aumentar a taxa de fertilidade", disse um porta-voz da empresa, de acordo com o The Korea Herald.

O anúncio foi feito depois que o Booyoung Group, uma empresa de construção com sede em Seul, declarou no início deste mês que daria um bônus de US$ 75.000 por filho aos funcionários que tivessem bebês, informou a CNN.

O Booyoung Group estendeu o bônus aos funcionários que tiveram filhos desde 2021. Os funcionários da empresa tiveram 70 filhos desde o período, de modo que a empresa está obrigada a desembolsar US$ 5,25 milhões em dinheiro para seus funcionários. Tanto homens quanto mulheres podem reivindicar o bônus.

Coreia do Sul repete crise Japão e China

Assim como na China e no Japão, o envelhecimento e o desequilíbrio cada vez maior da população da Coreia do Sul significam que poderá haver um aumento no número de idosos aposentados que precisarão de cuidados médicos enquanto a oferta de trabalhadores mais jovens no país diminui.

A taxa de fertilidade nacional foi de 0,78 em 2022, e a taxa de natalidade em Seul - onde vive um quinto da população do país - foi ainda menor, de 0,59 naquele ano, de acordo com estatísticas do governo.

O país precisa de uma taxa de fertilidade de 2,1 para manter sua população atual.

Em 13 de fevereiro, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ordenou que seu governo desenvolvesse incentivos fiscais e subsídios para empresas que incentivam seus funcionários a terem filhos.

Em Seul, as autoridades municipais estão dando US$ 750 por mês aos pais até que os bebês completem um ano.

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