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Emissoras se recusam a divulgar anúncio dos 100 dias de Trump

A campanha de Trump, que continua ativa mesmo com ele no poder, assegurou que tanto a "CNN" como "ABC", "CBS" e "NBC" vetaram o anúncio

Trump: desde sua campanha eleitoral, Trump trava uma guerra com os meios de comunicaçã (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de maio de 2017 às 09h01.

Washington - A campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , denunciou na sexta-feira que quatro das cinco principais emissoras de TV a cabo do país se recusaram a emitir um anúncio que promovia as realizações do governante.

Em um comunicado, a campanha presidencial de Trump, que continua ativa mesmo com o magnata no poder, assegurou que tanto a "CNN" como "ABC", "CBS" e "NBC" vetaram o anúncio, produzido pela equipe responsável pela propaganda das ações do presidente em seus primeiros 100 dias no poder.

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Lara Trump, nora do presidente e porta-voz de sua campanha eleitoral, disse no comunicado que os "meios de comunicação, aparentemente apenas promovem a Primeira Emenda (da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão) quando lhes convém por suas próprias idéias políticas".

"Este é um ato de censura sem precedentes nos EUA que deveria preocupar todos os cidadãos que amam a liberdade", afirmou Lara Trump.

A recusa de divulgar o anúncio acontece, pelo menos no caso da "CNN", por causa de um trecho aparece a expressão "notícias falsas" sobre imagens de apresentadores da emissora, da MSNBC (filial da NBC), CBS, ABC e PBS.

O anúncio foram enviados para as emissoras na última segunda-feira, e no dia seguinte, a "CNN" disse que divulgaria somente se "fosse retirada a frase onde diz que os meios de comunicação divulgam 'notícias falsas'".

"A grande mídia não divulga 'notícias falsas', e portanto o anúncio é falso. De acordo com nossa política, só o aceitaremos se esse detalhe for retirado", disse o departamento de relações públicas da CNN, na última terça-feira.

Desde sua campanha eleitoral, Trump trava uma guerra com os meios de comunicação, acusando-os em seus comícios de dar uma cobertura tendenciosa, e continuou nesta linha quando assumiu a presidência, os classificando como "inimigo do povo".

A única grande emissora de TV a cabo que se salvou das críticas do magnata foi a conservadora "Fox News", a preferida de Trump, quem na quinta-feira felicitou, através do Twitter, o programa matutino do canal, "Fox and Friends", pela "incrível ascensão nos índices de audiência".

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