Emergentes não assinarão acordo climático sem financiamento
Hollande realizou esta chamada em seu discurso no sexto Diálogo do Clima de Petersberg, um fórum informal que ocorre entre ontem e hoje em Berlim
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2015 às 09h42.
Berlim - O presidente francês , François Hollande, apelou nesta terça-feira aos países industrializados para que apoiem financeiramente as economias em vias de desenvolvimento para que estas se somem na cúpula do Clima de Paris a um acordo internacional para atalhar o aquecimento global.
Hollande realizou esta chamada em seu discurso no sexto Diálogo do Clima de Petersberg, um fórum informal que entre ontem e hoje procura em Berlim fazer avançar as negociações multilaterais para encontrar no final do ano na capital francesa um substituto ao Protocolo de Kioto.
"Os países emergentes não aceitarão nenhum acordo se não forem acompanhados em seus esforços", assegurou Hollande em referência à necessidade de que os países "ricos" contribuam ao fundo verde do clima, previsto para financiar medidas de mitigação e adaptação perante a mudança climática.
Segundo sua opinião, o êxito da cúpula de Paris passa obrigatoriamente por "dizer aos países em desenvolvimento" e aos "emergentes" que as economias mais industrializadas e avançadas estão "do seu lado", e lembrou as dificuldades que afrontam, especialmente, as nações africanas e os Estados-ilha.
Hollande acrescentou que os membros do G7 -EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão- devem assumir suas "obrigações" como economias mais poderosas.
O principal mecanismo articulado para este financiamento multilateral é o fundo verde do clima, que deve ter um papel em outubro deste ano paralelo às negociações e, previsivelmente, encoraje os países do Sul a se somar ao acordo climático.
Este instrumento deve estar dotado com US$ 100 bilhões por ano, segundo foi acordado na Cúpula do Clima de Copenhague, mas por enquanto faltam 70 bilhões em contribuições.
Hollande pediu a todos os 196 países que irão à Cúpula do Clima que tentem fazer avançar as conversas para conseguir um consenso o mais rápido possível, antes do início da conferência em Paris, se for possível.
"O tempo corre, não temos muito tempo. Somos obrigados a ter êxito", afirmou.
O presidente francês ressaltou que o acordo de Paris deve ser "global" e compreensivo, "vinculativo" -o que exige um mecanismo de supervisão de complementos- e "diferenciado", isto é, que leve em conta as particularidades de países industrializados e em vias de desenvolvimento.
Este acordo deve marcar, além disso, o objetivo de que o aquecimento global não supere o limite dos dois graus e conte com as contribuições nacionais comprometidas pelos respectivos governos.
Por enquanto, lamentou Hollande, só 36 dos 196 países publicaram seus objetivos de redução de emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
"Estamos longe do objetivo", reconheceu o presidente francês, que pediu às economias avançadas que apresentem suas contribuições em primeiro lugar.
Berlim - O presidente francês , François Hollande, apelou nesta terça-feira aos países industrializados para que apoiem financeiramente as economias em vias de desenvolvimento para que estas se somem na cúpula do Clima de Paris a um acordo internacional para atalhar o aquecimento global.
Hollande realizou esta chamada em seu discurso no sexto Diálogo do Clima de Petersberg, um fórum informal que entre ontem e hoje procura em Berlim fazer avançar as negociações multilaterais para encontrar no final do ano na capital francesa um substituto ao Protocolo de Kioto.
"Os países emergentes não aceitarão nenhum acordo se não forem acompanhados em seus esforços", assegurou Hollande em referência à necessidade de que os países "ricos" contribuam ao fundo verde do clima, previsto para financiar medidas de mitigação e adaptação perante a mudança climática.
Segundo sua opinião, o êxito da cúpula de Paris passa obrigatoriamente por "dizer aos países em desenvolvimento" e aos "emergentes" que as economias mais industrializadas e avançadas estão "do seu lado", e lembrou as dificuldades que afrontam, especialmente, as nações africanas e os Estados-ilha.
Hollande acrescentou que os membros do G7 -EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão- devem assumir suas "obrigações" como economias mais poderosas.
O principal mecanismo articulado para este financiamento multilateral é o fundo verde do clima, que deve ter um papel em outubro deste ano paralelo às negociações e, previsivelmente, encoraje os países do Sul a se somar ao acordo climático.
Este instrumento deve estar dotado com US$ 100 bilhões por ano, segundo foi acordado na Cúpula do Clima de Copenhague, mas por enquanto faltam 70 bilhões em contribuições.
Hollande pediu a todos os 196 países que irão à Cúpula do Clima que tentem fazer avançar as conversas para conseguir um consenso o mais rápido possível, antes do início da conferência em Paris, se for possível.
"O tempo corre, não temos muito tempo. Somos obrigados a ter êxito", afirmou.
O presidente francês ressaltou que o acordo de Paris deve ser "global" e compreensivo, "vinculativo" -o que exige um mecanismo de supervisão de complementos- e "diferenciado", isto é, que leve em conta as particularidades de países industrializados e em vias de desenvolvimento.
Este acordo deve marcar, além disso, o objetivo de que o aquecimento global não supere o limite dos dois graus e conte com as contribuições nacionais comprometidas pelos respectivos governos.
Por enquanto, lamentou Hollande, só 36 dos 196 países publicaram seus objetivos de redução de emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
"Estamos longe do objetivo", reconheceu o presidente francês, que pediu às economias avançadas que apresentem suas contribuições em primeiro lugar.