Embaixador sírio em Bagdá abandona regime Assad
Nawaf al-Fares pediu aos militares que se unam à revolução para lutar contra ''o regime criminoso que assassina o povo''
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 19h14.
Cairo - O embaixador sírio em Bagdá, Nawaf al-Fares, anunciou sua deserção do governo de Bashar al Assad devido aos ''terríveis massacres'' cometidos, tornando-se assim o primeiro diplomata a abandonar o regime desde o início da rebelião na Síria .
Em um vídeo divulgado pela rede de televisão catariana ''Al Jazeera'', Fares pediu aos militares que se unam à revolução para lutar contra ''o regime criminoso que assassina o povo''.
''Anuncio minha renúncia ao cargo de embaixador da República Árabe Síria no Iraque e minha retirada do partido (governista) Baath e peço às Forças Armadas que sigam meu exemplo, já que o regime as usa como ferramenta de repressão'', afirmou.
Fares disse que o dever das Forças Armadas ''é defender a pátria da agressão externa e não tratar seu povo como inimigo''.
''Onde está a honra em matar o povo? A fidelidade é com o povo, e não com o ditador que assassina o povo'', disse o embaixador, que pediu aos soldados que ''dirijam suas armas contra os que matam o povo''.
Além disso, pediu que todas as camadas do povo sírio se unam para proteger a Síria e, assim, não permitir que o regime semeie a ''fitna'' (tensão confessional).
A deserção de Fares já era especulada há horas, mas as autoridades iraquianas disseram que ''não tinham conhecimento deste caso''.
Consultado pela Agência Efe, o rebelde Ahmed Ramadan - dirigente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão da oposição no exílio - afirmou que Bagdá estava ocultando a deserção.
Por isso, pediu às autoridades iraquianas que protejam o embaixador e garantam sua saída do Iraque, e antecipou que o CNS está disposto a prestar socorro a Fares.
Fares é natural da província de Deir ez-Zor, um dos principais focos da rebelião contra o regime, e em 2008 se transformou no primeiro embaixador sírio em Bagdá após três décadas.
Este anúncio ocorre seis dias após o anúncio da deserção do general sírio Manaf Tlass, comandante de uma brigada da Guarda Republicana e próximo à família Assad.
Cairo - O embaixador sírio em Bagdá, Nawaf al-Fares, anunciou sua deserção do governo de Bashar al Assad devido aos ''terríveis massacres'' cometidos, tornando-se assim o primeiro diplomata a abandonar o regime desde o início da rebelião na Síria .
Em um vídeo divulgado pela rede de televisão catariana ''Al Jazeera'', Fares pediu aos militares que se unam à revolução para lutar contra ''o regime criminoso que assassina o povo''.
''Anuncio minha renúncia ao cargo de embaixador da República Árabe Síria no Iraque e minha retirada do partido (governista) Baath e peço às Forças Armadas que sigam meu exemplo, já que o regime as usa como ferramenta de repressão'', afirmou.
Fares disse que o dever das Forças Armadas ''é defender a pátria da agressão externa e não tratar seu povo como inimigo''.
''Onde está a honra em matar o povo? A fidelidade é com o povo, e não com o ditador que assassina o povo'', disse o embaixador, que pediu aos soldados que ''dirijam suas armas contra os que matam o povo''.
Além disso, pediu que todas as camadas do povo sírio se unam para proteger a Síria e, assim, não permitir que o regime semeie a ''fitna'' (tensão confessional).
A deserção de Fares já era especulada há horas, mas as autoridades iraquianas disseram que ''não tinham conhecimento deste caso''.
Consultado pela Agência Efe, o rebelde Ahmed Ramadan - dirigente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão da oposição no exílio - afirmou que Bagdá estava ocultando a deserção.
Por isso, pediu às autoridades iraquianas que protejam o embaixador e garantam sua saída do Iraque, e antecipou que o CNS está disposto a prestar socorro a Fares.
Fares é natural da província de Deir ez-Zor, um dos principais focos da rebelião contra o regime, e em 2008 se transformou no primeiro embaixador sírio em Bagdá após três décadas.
Este anúncio ocorre seis dias após o anúncio da deserção do general sírio Manaf Tlass, comandante de uma brigada da Guarda Republicana e próximo à família Assad.