Em missa em Cuba, Papa pede paz na Colômbia
O pontífice fez um apelo ao governo e aos rebeldes na Colômbia, que realizam negociações de paz em Havana há mais de dois anos, para que ponham fim ao mais longo conflito armado da América do Sul.
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2015 às 14h16.
Havana - O Papa Francisco pediu a milhares de cubanos que lotaram a Praça da Revolução, em Havana, capital de Cuba , que cuidem uns dos outros, e não julguem uns aos outros, ao abrir sua visita ao país em meio a grandes esperanças de que o papel fundamental que desempenhou na reaproximação com os EUA resultará em mudanças na ilha. No encerramento da missa, ele fez um apelo ao governo e aos rebeldes na Colômbia , que realizam negociações de paz em Havana há mais de dois anos, para que ponham fim ao mais longo conflito armado da América do Sul. "Por favor, não temos o direito de nos permitir mais um fracasso neste caminho de paz e de reconciliação."
Católicos e não católicos se dirigiram à praça antes do amanhecer para ver a missa de Francisco e irromperam em aplausos quando primeiro papa latino-americano passou no meio da multidão em seu papamóvel. Francisco não decepcionou, passando devagar pelas pessoas e parando para beijar crianças levadas até ele. Embora a maioria dos cubanos se diga católica, menos de 10% praticam a sua fé. A multidão não era tão grande como quando João Paulo II tornou-se o primeiro papa a visitar a ilha em 1998, mas atraiu pessoas dispostas a ouvir a mensagem de Francisco.
Em sua homilia, o Papa exortou os cubanos a cuidar uns dos outros por um senso de "servir" ao próximo, e não por ideologia, e a não julgar o outro "olhando para um lado ou para outro para ver o que o nosso vizinho está fazendo ou não fazendo". Não ficou imediatamente claro a que Francisco se referia, mas muitos cubanos se queixam da rigidez de um sistema em que quase todos os aspectos da vida são controlados pelo governo. Os cubanos podem ser excluídos ou perder benefícios se forem percebidos como sendo desleais ou infieis aos princípios da revolução.
"Ser cristão significa promover a dignidade dos nossos irmãos e irmãs,
lutando por isso, vivendo para isso", disse o Papa à multidão. "É por isso que os cristãos são constantemente chamados a deixar de lado suas próprias vontades e desejos, sua busca por poder, e olhar, em vez disso, para aqueles que são mais vulneráveis."
Maria Regla González, professora de 57 anos, disse que gostou da mensagem de Francisco de reconciliação e unidade para todos os cubanos, e disse que o Papa foi particularmente capaz de transmiti-la, já que ele é latino-americano e fala espanhol. "Este é um momento crucial, e o apoio do Papa para nós é muito importante", afirmou. "Ele fez um apelo à unidade, e isso é o que queremos."
A missa matutina deu início a uma série de eventos para Francisco na ilha, incluindo uma reunião formal com o presidente Raúl Castro e um provável encontro com o seu irmão de 89 anos, Fidel. Francisco vai fazer uma missa à noite na catedral de San Cristóbal e se reunir com jovens cubanos.
Havana - O Papa Francisco pediu a milhares de cubanos que lotaram a Praça da Revolução, em Havana, capital de Cuba , que cuidem uns dos outros, e não julguem uns aos outros, ao abrir sua visita ao país em meio a grandes esperanças de que o papel fundamental que desempenhou na reaproximação com os EUA resultará em mudanças na ilha. No encerramento da missa, ele fez um apelo ao governo e aos rebeldes na Colômbia , que realizam negociações de paz em Havana há mais de dois anos, para que ponham fim ao mais longo conflito armado da América do Sul. "Por favor, não temos o direito de nos permitir mais um fracasso neste caminho de paz e de reconciliação."
Católicos e não católicos se dirigiram à praça antes do amanhecer para ver a missa de Francisco e irromperam em aplausos quando primeiro papa latino-americano passou no meio da multidão em seu papamóvel. Francisco não decepcionou, passando devagar pelas pessoas e parando para beijar crianças levadas até ele. Embora a maioria dos cubanos se diga católica, menos de 10% praticam a sua fé. A multidão não era tão grande como quando João Paulo II tornou-se o primeiro papa a visitar a ilha em 1998, mas atraiu pessoas dispostas a ouvir a mensagem de Francisco.
Em sua homilia, o Papa exortou os cubanos a cuidar uns dos outros por um senso de "servir" ao próximo, e não por ideologia, e a não julgar o outro "olhando para um lado ou para outro para ver o que o nosso vizinho está fazendo ou não fazendo". Não ficou imediatamente claro a que Francisco se referia, mas muitos cubanos se queixam da rigidez de um sistema em que quase todos os aspectos da vida são controlados pelo governo. Os cubanos podem ser excluídos ou perder benefícios se forem percebidos como sendo desleais ou infieis aos princípios da revolução.
"Ser cristão significa promover a dignidade dos nossos irmãos e irmãs,
lutando por isso, vivendo para isso", disse o Papa à multidão. "É por isso que os cristãos são constantemente chamados a deixar de lado suas próprias vontades e desejos, sua busca por poder, e olhar, em vez disso, para aqueles que são mais vulneráveis."
Maria Regla González, professora de 57 anos, disse que gostou da mensagem de Francisco de reconciliação e unidade para todos os cubanos, e disse que o Papa foi particularmente capaz de transmiti-la, já que ele é latino-americano e fala espanhol. "Este é um momento crucial, e o apoio do Papa para nós é muito importante", afirmou. "Ele fez um apelo à unidade, e isso é o que queremos."
A missa matutina deu início a uma série de eventos para Francisco na ilha, incluindo uma reunião formal com o presidente Raúl Castro e um provável encontro com o seu irmão de 89 anos, Fidel. Francisco vai fazer uma missa à noite na catedral de San Cristóbal e se reunir com jovens cubanos.