O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com sua equipe de campanha enquanto visita sua sede de campanha presidencial no dia da eleição fora de Washington, nas proximidades de Arlington, na Virgínia (Tom Brenner/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 01h34.
Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 01h35.
Em meio à apuração de votos no início da madrugada desta quarta-feira (4), dados parciais consolidam a vantagem do presidente Donald Trump nos estados-chave. Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, analisa o impacto da possível reeleição de Trump diante dos atuais resultados.
Quer saber como as eleições americanas podem afetar o seu bolso? Assine gratuitamente a EXAME Research
Para o economista, serão quatros anos exponencialmente mais complicados do que os quatro primeiros . "A chance de Trump derreter a democracia americana aumenta ainda mais e dá força para governos liberais mundo afora.”
A expectativa de Vale é que a formação de um Senado democrata acabe contendo as investidas de Trump, no caso de releição. Os democratas detinham uma leve vantagem no início da madrugada: já haviam consquitado 44 cadeiras, ante 43 para os republicanos.
“Vai ser importante ver agora a composição do Senado americano. Se a Casa virar democrata, cria um impasse que ao menos paralisaria as decisões de Trump, mas colocaria o governo dos Estados Unidos em dificuldades inéditas.”
Outro tema que deve ter repercussão importante é a tensão com a China, que tende a aumentar com os EUA, saindo ainda mais da esfera internacional e colocando o Sudeste Asiático em risco. "É um cenário muito ruim no geral. Na economia, porém, diria que muda quase nada. O Brasil continua a exportar para a China e as pressões ambientais que poderiam surgir não virão mais.”
Acompanhe o podcast EXAME Política, com análises sobre os principais temas da eleição americana. No ar todas as sextas-feiras.