ELN anuncia cessar-fogo bilateral com governo colombiano
O anúncio foi feito ao término da terceira rodada de diálogos, que começou na capital equatoriana, Quito, em fevereiro
EFE
Publicado em 4 de setembro de 2017 às 11h36.
Última atualização em 4 de setembro de 2017 às 13h45.
Quito - A guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciou nesta segunda-feira um acordo de cessar-fogo bilateral com o governo da Colômbia e agradeceu aos que apoiaram os esforços para chegar a esse objetivo.
"Sim, é possível! Agradecemos a todas e todos que apoiaram decididamente os esforços para alcançar este cessar-fogo bilateral", escreveu o grupo em sua conta no Twitter, sem entrar em mais detalhes.
https://twitter.com/ELN_Paz/status/904692397522780160
O anúncio foi feito ao término da terceira rodada de diálogos que começou na capital equatoriana, Quito, em fevereiro, e que, embora todos esperassem uma conclusão na sexta-feira passada, durou até hoje.
Anteriormente, fontes oficiais em Bogotá, informaram que ambas as partes fariam nesta segunda-feira um anúncio em Quito relacionado com as negociações.
O Escritório do Alto Comissionado para a Paz disse que o anúncio se realizaria às 11h (hora local; 14h em Brasília), mas não deu mais detalhes.
Uma funcionária da delegação governista confirmou à Agência Efe que se tratava de algo "importante", sem confirmar nem desmentir o cessar-fogo.
No entanto, a imprensa local assegurava que se tratava de um anúncio sobre um acordo de cessação bilateral e temporário das hostilidades a 48 horas da chegada do papa Francisco à Colômbia.
Segundo a rádio "RCN", para conseguir o pacto o governo apresentou como condição ao ELN a cessação imediata de todas as formas de violência contra a população civil, tais como o sequestro, os atentados contra a infraestrutura e oleodutos, o recrutamento de menores e a implantação de minas.
As autoridades exigiram da guerrilha um compromisso firme e solene nestes pontos, de modo que a população civil não seja afetada.
Enquanto isso, o governo garante ao ELN suspender toda de ação militar contra o grupo, investigar e tomar medidas efetivas para evitar o assassinato de líderes sociais, atacar com mais contundência grupos ilegais em regiões vulneráveis e um plano humanitário para melhorar as condições dos presos dessa guerrilha que se encontram nas prisões do país.