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Eleições nos EUA: por que escolha de vice de Trump foge do padrão

J. D. Vance foi apontado como candidato republicano na segunda-feira, durante Convenção Republicana

Donald Trump, durante aparição na Convenção Republicana, na segunda, 15, ao lado de J.D. Vance, candidato a vice (Kamil Krzaczynski/AFP)

Publicado em 17 de julho de 2024 às 15h00.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 15h20.

Milwaukee - A definição de J. D. Vance como candidato à vice-presidente por Donald Trump foge do padrão de composição de chapas recentes nos EUA.

Vance fará seu primeiro discurso após a nomeação nesta quarta-feira, 17, na Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee. Sua fala está prevista para 21h30 na hora local (23h30 em Brasília).

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Na maioria dos casos, o vice é escolhido como forma de atrair eleitores que ainda não estão plenamente convencidos em votar naquele candidato a presidente. Seja em recortes de perfil ideológico quanto de estados. Moura comenta que Ohio, estado de Vance, não é um dos lugares que tem grande disputa nesta eleição.

"O perfil do eleitorado do Vance é o mesmo que já vota no Trump. Existe uma discussão filosófica e acadêmica de o quanto o vice ajuda ou não, traz voto ou não, mas o fato é que a escolha do vice tem um elemento de complementar", avalia Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington.

"A escolha revela uma confiança de achar que 'você não precisa de nada para ganhar a eleição além do próprio perfil'. Por outro lado, não é usual" prossegue.

Biden, quando foi vice de Barack Obama, trouxe a experiência em Washington, que Obama, senador de primeiro mandato, não tinha em 2008. Em 2016, Mike Pence foi vice de Trump para atrair o eleitorado conservador que desconfiava de um candidato sem experiência política. Na última disputa, em 2020, Biden trouxe Kamala para atrair o eleitorado feminino e jovem.

Vice mais jovem

Apesar da proximidade ideológica, Vance faz um contraponto a Trump na idade. Ele tem 39 anos, ante 78 do ex-presidente. A campanha republicana vê nisso uma vantagem: ele poderá fazer mais eventos e encontrar mais pessoas, especialmente em estados-chave para a disputa.

"O presidente Trump já disse que vai jogá-lo na Pensilvãnia e deixá-lo lá. Estamos muito na ofensiva em Michigan, em Wisconsin, na Pensilvânia. Mas estamos em julho e será uma campanha longa. Será exaustivo, e você terá de ser capaz de viajar e manter o impulso. JD, sendo jovem como é, vai estar em todos os lugares", planeja Chris LaCivita, um dos diretores de campanha de Trump. "Vamos ter uma agenda muito, muito agressiva."

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