Eleições nos EUA: Vitorioso em Iowa, Trump muda foco para Nikki Haley e primárias de New Hampshire
Haley ficou em terceiro lugar em Iowa, atrás também do governador da Flórida, Ron DeSantis
Agência de notícias
Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 17h03.
Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 10h50.
Após uma vitória recorde em Iowa, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump agora volta as atenções para o próximo alvo na batalha pela nomeação do Partido Republicano: uma primária de New Hampshire, em 23 de janeiro, que a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley quer vencer para reverter o impulso de Trump.
Haley ficou em terceiro lugar em Iowa, atrás também do governador da Flórida, Ron DeSantis. Ela é vista como mais forte em New Hampshire e tentará atrair o eleitorado mais centrista do estado. O argumento dela: Trump fez um bom trabalho como presidente, mas as controvérsias que o cercam prejudicam as chances do Partido Republicano de derrotar o presidente americano, Joe Biden, em novembro.
"É uma maratona. Não é uma corrida de velocidade. Mas não poderíamos estar mais entusiasmados com a energia que temos aqui em New Hampshire", disse Haley na manhã de terça-feira, 16, após chegar ao estado. "Estamos aqui há 11 meses. Já fizemos mais de 75 eventos de campanha".
O desafio para Haley — e DeSantis — é que, em Iowa, Trump teve desempenho positivo entre quase todos os grupos demográficos do Partido Republicano e em todos os tipos de comunidade, com uma margem recorde de vitória para uma caucus republicana competitiva de Iowa.
Os aliados de Trump rapidamente argumentaram que a corrida deveria terminar para que ele pudesse se concentrar em Biden, que tem uma oposição menor nas primárias democratas e está construindo um enorme vantagem financeira. Os democratas estão ansiosos por ver Trump de volta às urnas, convencidos de que os eleitores irão rejeitá-lo novamente.
"Se Haley não vencer em New Hampshire, estará tudo acabado. Trump tem a indicação", disse Andy Smith, pesquisador apartidário do Estado.
DeSantis enfrentou dúvidas sobre por quanto tempo continuaria sua campanha, dado o foco que concentrou a Iowa. Mesmo assim, ele considerou o distante segundo lugar uma vitória e insistiu que continuaria, com eventos agendados para terça-feira na Carolina do Sul e em New Hampshire.
A interseção dos problemas legais de Trump e sua campanha foi novamente exposta hoje, quando ele se dirigia a um tribunal de Nova York para um julgamento civil relacionado a alegações de abuso sexual feitas pela colunista E. Jean Carroll, datadas da década de 1990.