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El Niño pode deixar 16 milhões em risco de fome na África

À escassez de chuvas se somam as altas temperaturas, fatores que afetaram gravemente as colheitas de milho em países como África do Sul

Seca e fome: "A seca não tem precedentes e trouxe outro ano de fome e penaliza as pessoas mais pobres e vulneráveis" (Philimon Bulawayo / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 13h39.

Johanesburgo - A seca provocada pelo fenômeno El Niño no sul da África ameaça 16 milhões de pessoas que estão em risco de crise de fome , segundo estimativas divulgadas nesta sexta-feira pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Na previsão anterior do PMA, publicada em janeiro, 14 milhões de pessoas estavam em risco de passar fome devido à seca, por isso que a situação se agrava com a passagem das semanas.

"A seca não tem precedentes e trouxe outro ano de fome e penaliza as pessoas mais pobres e vulneráveis com sérias consequências que durarão pelo menos até a próxima colheita em 2017", explicou o PMA no documento.

"É evidente que a colheita de milho (alimento base na região) será insuficiente para cobrir as necessidades de cereais da região sem importações maciças", acrescentou o relatório, lembrando que a África meridional registrou entre outubro de 2015 e janeiro deste ano seus níveis de chuvas mais baixos em 35 anos.

À escassez de chuvas se somam as altas temperaturas, fatores que afetaram gravemente as colheitas de milho em países como África do Sul, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue, que há algumas semanas declarou estado de emergência nas zonas rurais do país.

Com o final da temporada de chuvas, prevista para abril, as precipitações só chegarão à região no último trimestre do ano, na melhor das hipóteses.

O arrefecimento das economias da região devido à queda dos preços das matérias-primas e à crise no setor agrário causada pela seca poderiam comprometer os esforços de alguns países para garantir a segurança alimentar exportando milho e outros produtos, concluiu o PMA.

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"A seca não tem precedentes e trouxe outro ano de fome e penaliza as pessoas mais pobres e vulneráveis com sérias consequências que durarão pelo menos até a próxima colheita em 2017", explicou o PMA no documento.

"É evidente que a colheita de milho (alimento base na região) será insuficiente para cobrir as necessidades de cereais da região sem importações maciças", acrescentou o relatório, lembrando que a África meridional registrou entre outubro de 2015 e janeiro deste ano seus níveis de chuvas mais baixos em 35 anos.

À escassez de chuvas se somam as altas temperaturas, fatores que afetaram gravemente as colheitas de milho em países como África do Sul, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue, que há algumas semanas declarou estado de emergência nas zonas rurais do país.

Com o final da temporada de chuvas, prevista para abril, as precipitações só chegarão à região no último trimestre do ano, na melhor das hipóteses.

O arrefecimento das economias da região devido à queda dos preços das matérias-primas e à crise no setor agrário causada pela seca poderiam comprometer os esforços de alguns países para garantir a segurança alimentar exportando milho e outros produtos, concluiu o PMA.

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