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EI volta a entrar em Kobane e ataca regiões curdas da Síria

O EI também executou 23 curdos, entre eles mulheres e crianças, em Barkh Butan, uma aldeia ao sul de Kobane, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos

Área destruída na cidade curda de Kobane, na Síria, por confrontos entre o EI e as forças militares (Yasin Akgul/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 09h41.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) lançou nesta quinta-feira uma ofensiva no norte da Síria, na zona de influência curda, e conseguiu entrar novamente na cidade de Kobane e penetrar em Hasake, dias depois de ter recuado diante das forças curdas.

O EI também executou 23 curdos, entre eles mulheres e crianças, em Barkh Butan, uma aldeia ao sul de Kobane, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

No sul da Síria, uma aliança de grupos rebeldes, entre eles o braço sírio da Al-Qaeda, aumentaram a pressão sobre a cidade de Deraa, berço da revolução de 2011, sob controle das tropas governamentais.

No norte, os combatentes do EI voltaram a entrar em Kobane, uma cidade na fronteira com a Turquia onde o grupo radical sofreu em janeiro uma dura derrota após quatro meses de combates com as forças curdas, indicou o OSDH.

Os jihadistas abriram passagem com um atentado suicida com carro-bomba perto de um posto fronteiriço que deixou cinco mortos, segundo a ONG.

A explosão deixou ao menos 41 feridos, que foram hospitalizados na Turquia, e um deles faleceu no hospital, segundo as autoridades da província turca de Sanliurfa.

Na manhã desta quinta-feira soldados das Unidades de Proteção Popular (YPG) curdas e jihadistas seguiam combatendo no centro de Kobane, indicou o OSDH, que informou sobre um segundo atentado suicida que deixou várias vítimas.

Por sua vez, o gabinete do governador de Sanliurfa informou que vários membros do EI "se infiltraram em Kobane às 5 da manhã", mas afirmou que estes combatentes eram provenientes da Síria, e não da Turquia.

O grupo Estado Islâmico "quer semear confusão para se vingar da derrota de janeiro e fazer os curdos fugirem", declarou Idris Nasan, um funcionário da cidade de Kobane (Ain al Arab em árabe).

Durante quatro meses, em uma ofensiva iniciada no fim de 2014, o EI tentou assumir o controle de Kobane, mas em janeiro de 2015 precisou se retirar da cidade derrotado pelos curdos apoiados pela aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Combates em Hasake

Por sua vez, nesta quinta-feira ocorreram violentos combates em Hasake, onde pelo menos 20 jihadistas e 30 soldados governamentais morreram.

Cercada desde 30 de maio, Hasake, capital de uma província fronteiriça com a Turquia, se localiza no nordeste da Síria, onde algumas zonas estão controladas pelas forças curdas, indicou o OSDH.

O ataque do EI em Hasake começou na quarta-feira com ao menos um atentado suicida contra um posto de controle governamental. Depois o EI tomou dois bairros governamentais do sul da cidade.

"Os civis destes bairros fogem ao norte da cidade", controlada pelos curdos, disse a fonte. "Ainda ocorrem violentos combates com bombardeios de ambos os lados", acrescentou o OSDH.

A ofensiva do EI nos setores curdos do norte da Síria ocorre após uma série de derrotas jihadistas na província de Raqa, em particular a perda da cidade de Tall Abyad, que permitia ao grupo extremista sunita fazer armas e combatentes transitarem a partir da Turquia.

As forças curdas encontram-se a 55 km de Raqa, a "capital" do Estado Islâmico na Síria.

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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) lançou nesta quinta-feira uma ofensiva no norte da Síria, na zona de influência curda, e conseguiu entrar novamente na cidade de Kobane e penetrar em Hasake, dias depois de ter recuado diante das forças curdas.

O EI também executou 23 curdos, entre eles mulheres e crianças, em Barkh Butan, uma aldeia ao sul de Kobane, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

No sul da Síria, uma aliança de grupos rebeldes, entre eles o braço sírio da Al-Qaeda, aumentaram a pressão sobre a cidade de Deraa, berço da revolução de 2011, sob controle das tropas governamentais.

No norte, os combatentes do EI voltaram a entrar em Kobane, uma cidade na fronteira com a Turquia onde o grupo radical sofreu em janeiro uma dura derrota após quatro meses de combates com as forças curdas, indicou o OSDH.

Os jihadistas abriram passagem com um atentado suicida com carro-bomba perto de um posto fronteiriço que deixou cinco mortos, segundo a ONG.

A explosão deixou ao menos 41 feridos, que foram hospitalizados na Turquia, e um deles faleceu no hospital, segundo as autoridades da província turca de Sanliurfa.

Na manhã desta quinta-feira soldados das Unidades de Proteção Popular (YPG) curdas e jihadistas seguiam combatendo no centro de Kobane, indicou o OSDH, que informou sobre um segundo atentado suicida que deixou várias vítimas.

Por sua vez, o gabinete do governador de Sanliurfa informou que vários membros do EI "se infiltraram em Kobane às 5 da manhã", mas afirmou que estes combatentes eram provenientes da Síria, e não da Turquia.

O grupo Estado Islâmico "quer semear confusão para se vingar da derrota de janeiro e fazer os curdos fugirem", declarou Idris Nasan, um funcionário da cidade de Kobane (Ain al Arab em árabe).

Durante quatro meses, em uma ofensiva iniciada no fim de 2014, o EI tentou assumir o controle de Kobane, mas em janeiro de 2015 precisou se retirar da cidade derrotado pelos curdos apoiados pela aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Combates em Hasake

Por sua vez, nesta quinta-feira ocorreram violentos combates em Hasake, onde pelo menos 20 jihadistas e 30 soldados governamentais morreram.

Cercada desde 30 de maio, Hasake, capital de uma província fronteiriça com a Turquia, se localiza no nordeste da Síria, onde algumas zonas estão controladas pelas forças curdas, indicou o OSDH.

O ataque do EI em Hasake começou na quarta-feira com ao menos um atentado suicida contra um posto de controle governamental. Depois o EI tomou dois bairros governamentais do sul da cidade.

"Os civis destes bairros fogem ao norte da cidade", controlada pelos curdos, disse a fonte. "Ainda ocorrem violentos combates com bombardeios de ambos os lados", acrescentou o OSDH.

A ofensiva do EI nos setores curdos do norte da Síria ocorre após uma série de derrotas jihadistas na província de Raqa, em particular a perda da cidade de Tall Abyad, que permitia ao grupo extremista sunita fazer armas e combatentes transitarem a partir da Turquia.

As forças curdas encontram-se a 55 km de Raqa, a "capital" do Estado Islâmico na Síria.

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