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EI está a ponto de entrar na cidade curdo-síria de Kobani

Combatentes do Estado Islâmico estão a ponto de entrar na cidade curdo-síria de Kobani, segundo organização

Militantes do Estado Islâmico: curdos não conseguiram conter progresso dos radicais (AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 08h48.

Beirute - Os combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) estão a ponto de entrar na cidade curdo-síria de Kobani, onde enfrentam em centenas de metros de seus acessos oriental e sudeste as Unidades de Proteção do Povo curdo, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Os milicianos curdos não conseguiram conter o progresso dos radicais pelo leste e agora há confrontos a algumas centenas de metros da cidade, embora "os jihadistas ainda não tenham entrado ", disse à Agência Efe por telefone o presidente do Organismo Autônomo de Defesa e Proteção desta população, Esmat Sheij Hasan.

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O EI chegou até as portas de Kobani, apesar de nos últimos dias os extremistas tenham sido alvo dos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos nessa região.

Hasan disse que os aviões internacionais atacaram hoje posições do EI ao sudeste de Kobani, "mas só atingiram alguns combatentes".

Enquanto isso, voluntários curdos vindos da vizinha Turquia continuam chegando para proteger este enclave, "mas em sua maioria são civis e não dispõem de treinamento militar", lamentou.

Hasan se queixou, além disso, que os radicais usam armas pesadas e tanques, dos quais as forças curdo-sírias não dispõem.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou que os choques acontecem a algumas centenas de metros de Kobani pelo leste, e acrescentou que pelo oeste os confrontos se produzem a menos de três quilômetros.

A ONG expressou sua inquietação diante de um possível massacre de civis curdos por parte dos jihadistas se no final entrarem em Kobani.

A ofensiva do EI contra a cidade começou no último dia 16 e, desde então, os radicais tomaram o controle de pelo menos 350 povoados de seus arredores, o que causou um êxodo de cerca de 300 mil curdo-sírios, que fugiram para a Turquia e outras partes da Síria, segundo os dados do Observatório.

Os extremistas saquearam as casas e roubaram o gado e os veículos abandonados pelos deslocados durante sua fuga.

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