Egito mobiliza tropas no Sinai com autorização de Israel
Operação tem como objetivo o combate a ataques mortíferos dos grupos islamitas radicais
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2012 às 08h40.
Al Arish - O Exército do Egito estava mobilizado desde quinta-feira na península do Sinai, com autorização de Israel, em uma operação destinada combater os ataques mortíferos dos grupos islamitas radicais, segundo jornalistas e testemunhas em Al-Arish (Egito).
Os chefes beduínos, apesar de serem hostis ao governo central, prometeram ajuda às autoridades egípcias em uma reunião realizada na noite de quinta-feira com o ministro do Interior em Al-Arish, cidade situada a 50 km da fronteira com Gaza, território palestino controlado pelo movimento islamita Hamas.
Caminhões militares que transportavam dezenas de veículos blindados equipados com metralhadoras cruzaram Al-Arish em direção ao leste, onde ativistas islamitas beduínos ocuparam povoados próximos à fronteira palestina, segundo as mesmas fontes.
Israel autorizou o Egito na noite de quinta-feira para a mobilização de helicópteros de combate com o objetivo de lutar contra supostos militantes islamitas no Sinai, fronteiriço com o Estado hebreu, indicou um funcionário israelense em Jerusalém.
Em sua reunião com o ministro Ahmed Gamal al-Din, os chefes beduínos pediram para ver os corpos dos 20 supostos ativistas mortos na quarta-feira pelas mãos do Exército egípcio durante uma operação de grande envergadura.
"Pedimos que nos apresentem os corpos, um ou dois corpos, nada mais, para nos convencermos", declarou Eid Abu Marzuka, um dos beduínos que participou da reunião.
Outros beduínos disseram que tinham dúvidas sobre estas informações confirmadas por um comandante do exército no Sinai.
Os chefes tribais também indicaram que deram sua aprovação para ajudar o Exército e a polícia a restaurar a segurança nesta zona sem lei e para fechar os túneis utilizados para o contrabando e para o transporte de armas à Faixa de Gaza.
"Houve consenso entre as tribos para destruir os túneis. Não nos importamos que isto incomode o Hamas. O Egito deveria comercializar com os palestinos passando pelo posto fronteiriço de Rafah", declarou Marzuka.
"Nós estamos contra o contrabando e contra o cerco", acrescentou, em alusão ao semibloqueio imposto por Israel ao enclave desde 2007.
Após a reunião, o ministro do Interior assegurou à imprensa que o Exército sírio combateria os ativistas com a ajuda das tribos beduínas, que, no entanto, criticam o Governo por marginalizá-las.
"Com a ajuda das populações (do Sinai), a missão será cumprida", declarou aos jornalistas.
Outro membro de alto escalão egípcio da segurança baseado no Sinai reconheceu que estão diante de um inimigo difícil de encontrar e que conta com a vantagem do local, com terríveis montanhas e um deserto.
"Conseguiremos pouco a pouco", declarou à AFP sob anonimato por não estar autorizado a falar à imprensa. "A geografia, o deserto e as montanhas tornarão a operação muito difícil", explicou.
O ataque de um posto fronteiriço no último domingo por supostos ativistas islamitas, que custou a vida de 16 guardas fronteiriços, comoveu o governo e levou o presidente Mohamed Mursi a destituir o chefe do serviço de informação e dois generais.
Segundo o Exército, os ativistas receberam apoio de fogo de morteiros disparados de Gaza durante seu ataque.
Por sua vez, segundo informações da televisão estatal divulgadas nesta sexta-feira, o Egito decidiu abrir em apenas um sentido o terminal de Rafah, fechado após o ataque no Sinai, para permitir que os palestinos que se encontram em seu território possam voltar à Faixa de Gaza.
Al Arish - O Exército do Egito estava mobilizado desde quinta-feira na península do Sinai, com autorização de Israel, em uma operação destinada combater os ataques mortíferos dos grupos islamitas radicais, segundo jornalistas e testemunhas em Al-Arish (Egito).
Os chefes beduínos, apesar de serem hostis ao governo central, prometeram ajuda às autoridades egípcias em uma reunião realizada na noite de quinta-feira com o ministro do Interior em Al-Arish, cidade situada a 50 km da fronteira com Gaza, território palestino controlado pelo movimento islamita Hamas.
Caminhões militares que transportavam dezenas de veículos blindados equipados com metralhadoras cruzaram Al-Arish em direção ao leste, onde ativistas islamitas beduínos ocuparam povoados próximos à fronteira palestina, segundo as mesmas fontes.
Israel autorizou o Egito na noite de quinta-feira para a mobilização de helicópteros de combate com o objetivo de lutar contra supostos militantes islamitas no Sinai, fronteiriço com o Estado hebreu, indicou um funcionário israelense em Jerusalém.
Em sua reunião com o ministro Ahmed Gamal al-Din, os chefes beduínos pediram para ver os corpos dos 20 supostos ativistas mortos na quarta-feira pelas mãos do Exército egípcio durante uma operação de grande envergadura.
"Pedimos que nos apresentem os corpos, um ou dois corpos, nada mais, para nos convencermos", declarou Eid Abu Marzuka, um dos beduínos que participou da reunião.
Outros beduínos disseram que tinham dúvidas sobre estas informações confirmadas por um comandante do exército no Sinai.
Os chefes tribais também indicaram que deram sua aprovação para ajudar o Exército e a polícia a restaurar a segurança nesta zona sem lei e para fechar os túneis utilizados para o contrabando e para o transporte de armas à Faixa de Gaza.
"Houve consenso entre as tribos para destruir os túneis. Não nos importamos que isto incomode o Hamas. O Egito deveria comercializar com os palestinos passando pelo posto fronteiriço de Rafah", declarou Marzuka.
"Nós estamos contra o contrabando e contra o cerco", acrescentou, em alusão ao semibloqueio imposto por Israel ao enclave desde 2007.
Após a reunião, o ministro do Interior assegurou à imprensa que o Exército sírio combateria os ativistas com a ajuda das tribos beduínas, que, no entanto, criticam o Governo por marginalizá-las.
"Com a ajuda das populações (do Sinai), a missão será cumprida", declarou aos jornalistas.
Outro membro de alto escalão egípcio da segurança baseado no Sinai reconheceu que estão diante de um inimigo difícil de encontrar e que conta com a vantagem do local, com terríveis montanhas e um deserto.
"Conseguiremos pouco a pouco", declarou à AFP sob anonimato por não estar autorizado a falar à imprensa. "A geografia, o deserto e as montanhas tornarão a operação muito difícil", explicou.
O ataque de um posto fronteiriço no último domingo por supostos ativistas islamitas, que custou a vida de 16 guardas fronteiriços, comoveu o governo e levou o presidente Mohamed Mursi a destituir o chefe do serviço de informação e dois generais.
Segundo o Exército, os ativistas receberam apoio de fogo de morteiros disparados de Gaza durante seu ataque.
Por sua vez, segundo informações da televisão estatal divulgadas nesta sexta-feira, o Egito decidiu abrir em apenas um sentido o terminal de Rafah, fechado após o ataque no Sinai, para permitir que os palestinos que se encontram em seu território possam voltar à Faixa de Gaza.