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Egito fecha fronteira com Gaza após ameaça terrorista

Um dia depois da reabertura da passagem, autoridades detectaram que grupos terroristas planejavam colocar explosivos em ônibus dos palestinos

Fronteira entre Egito e Gaza (Mohammed Salem/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 06h28.

Cairo - O Egito fechou nesta quinta-feira, de forma surpreendente, a passagem da fronteira de Rafah, que limita com o enclave palestino de Gaza, um dia depois de ter sido reaberta, por uma ameaça terrorista, informou a embaixada palestina na Liga Árabe.

As forças de segurança egípcias detectaram que grupos terroristas que operam na península do Sinai (nordeste) planejavam colocar explosivos em ônibus dos palestinos na estrada que une passagem da fronteira com o canal de Suez ou na entrada do Cairo, segundo um comunicado da embaixada palestina.

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A embaixada anunciou que formará um gabinete de crise para avaliar a segurança dos seus cidadãos, ao mesmo tempo em que abrirá três linhas telefônicas para atender os palestinos que tenham ficado presos no Egito.

As autoridades egípcias voltarão a abrir a passagem da fronteira depois de deter ou matar os terroristas, completou a fonte.

Atualmente o Egito realiza uma ofensiva no norte do Sinai contra os terroristas que operam nessa região, especialmente a filial do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que tem uma forte presença entre a fronteira com Gaza e a cidade de Al Arish, capital da província do Sinai do Norte.

Durante a operação de segurança, lançada no último dia 9, morreram 71 suspeitos de terrorismo e três soldados, e cerca de 1,8 mil pessoas foram presas, segundo as informações divulgadas pelo Exército.

O Egito e as autoridades palestinas em Gaza anunciaram ontem, de surpresa, a abertura da passagem de Rafah durante quatro dias seguidos, para permitir o trânsito de doentes, estudantes e pessoas com dupla nacionalidade, assim como a entrada a Gaza de residentes palestinos presos no lado egípcio.

A abertura de Rafah é fundamental para os dois milhões de habitantes de Gaza, já que é o único acesso que não passa por Israel, que mantém um ferrenho bloqueio ao território desde que o grupo islamita Hamas tomou o poder, em 2007, limitando a saída e entrada de pessoas e bens.

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