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Edmundo González, líder opositor venezuelano nega ter sido coagido pela Espanha a se exilar

Ex-diplomata e candidato nas últimas eleições presidenciais deixou a Venezuela na última semana

O candidato à Presidência Edmundo González Urrutia (AFP/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 07h22.

Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 07h25.

O líder da oposição ao governo da Venezuela e ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia divulgou um comunicado na quinta-feira, 19, no qual negou ter sido coagido pelaEspanhaa receber asilo no país europeu.

“Não fui coagido nem pelo governo espanhol, nem pelo embaixador espanhol na Venezuela, Ramón Santos”, diz González Urrutia no texto, que ele começa justificando tê-lo escrito "diante das várias versões que estão circulando sobre uma suposta coação por parte de funcionários do Estado espanhol".

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González Urrutia enfatizou que todas as providências para sua viagem da Venezuela rumo à Espanha “foram supervisionadas e facilitadas diretamente pelo Ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares", que garantiu seu "bem-estar e liberdade de decisão”.

“O único propósito das medidas diplomáticas tomadas foi facilitar minha saída do país, sem exercer qualquer tipo de pressão sobre mim”, disse o ex-candidato presidencial venezuelano, que foi reconhecido no Parlamento Europeu também na quinta-feira como presidente eleito de seu país.

“Espero esclarecer quaisquer dúvidas ou mal-entendidos sobre a natureza do meu traslado e reiterar meus agradecimentos às autoridades espanholas por seu apoio e compromisso com a proteção dos direitos humanos”, conclui o comunicado.

O texto foi divulgado depois da revelação de que González Urrutia havia assinado um documento no qual reconhecia a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho no país sul-americano, o que o líder opositor admitiu e esclareceu que o fez sob coação das autoridades de seu próprio país, como condição para viajar para a Espanha.

Por outro lado, o principal partido de oposição ao governo da Espanha, o conservador Partido Popular, acusou na quinta-feira o governo do país europeu - que tem como principal legenda o Partido Socialista - de estar envolvido “como colaborador" no “golpe de Estado que ocorreu na Venezuela” e apontou o ex-governante espanhol José Luis Rodríguez Zapatero como o “grande conspirador”.

O vice-secretário de Assuntos Institucionais do PP, Esteban González Pons, expressou sua “repulsa”, “vergonha” e “indignação” com o vídeo em que o ex-candidato presidencial e líder da oposição venezuelana Edmundo González, exilado na Espanha desde 8 de setembro, afirma que assinou um documento reconhecendo a vitória de Nicolás Maduro sob “coerção” na residência do embaixador espanhol em Caracas.

Essas declarações foram repudiadas pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, que pediu ao líder do PP, Alberto Nuñez Feijóo, que convença Pons a se retratar.

Manifestações na Venezuela após eleição de Maduro

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