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Ebola mata missionária que trabalhava com padre infectado

A missionária congolesa Chantal Pascaline, uma das companheiras dos religiosos espanhóis evacuados da Libéria na quinta por causa da epidemia, morreu neste sábado

Ebola: OMS decretou uma emergência de saúde pública de alcance mundial por conta da epidemia (Frederick Murphy/CDC/Handout via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2014 às 09h45.

A missionária congolesa Chantal Pascaline, uma das duas companheiras dos religiosos espanhóis evacuados da Libéria na quinta-feira por causa da epidemia do ebola , morreu neste sábado em Monróvia, vítima da doença , informou em Madri a ONG para a qual trabalhava.

"A Ordem Hospitalar de São João de Deus informa a triste notícia do falecimento esta madrugada da irmã Chantal Pascaline por causa do ebola no Hospital São José de Monróvia", informou a organização religiosa à qual pertence o padre espanhol Miguel Pajares, o primeiro infectado pelo vírus repatriado para a Europa.

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Pajares, de 75 anos, chegou a Espanha junto com a freira Juliana Bonoha, de origem africana, mas com nacionalidade espanhola, e que trabalhava com ele no hospital da capital liberiana.

A Ordem de São João de Deus, responsável pela ONG que gerencia o hospital, pediu ao ministério espanhol das Relações Exteriores a retirada urgente de Pajares, Pascaline e da freira guineana Paciencia Melgar, ambas pertencentes, como Bonoha, à Congregação das Missionárias da Imaculada Conceição, e infectadas pelo vírus.

A diretora-geral da Saúde Pública espanhola, Mercedes Vinuesa, disse, no entanto, que o país só repatriaria os espanhóis.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou na sexta-feira uma emergência de saúde pública de alcance mundial e convocou a comunidade internacional a se mobilizar contra a epidemia de ebola no oeste da África.

O comitê de urgência da OMS, que se reuniu na quarta e na quinta-feira em Genebra, "considera de forma unânime que estão dadas as condições" para declarar "uma emergência de saúde pública de alcance mundial", declarou a diretora-geral da organização, Margaret Chan.

Diante de uma situação que se agrava, "uma resposta internacional coordenada é essencial para conter e fazer retroceder a propagação internacional do ebola", acrescentou o comitê.

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