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Duterte cria nova polêmica ao propor execuções diárias

O presidente das Filipinas é alvo de inúmeras críticas por "sua guerra contra o crime", que deixou mais de 5.300 mortos desde sua chegada ao poder

Duterte: o político ganhou as eleições presidenciais depois de prometer eliminar milhares de traficantes de droga e restabelecer a pena de morte (Getty Images)
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AFP

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 15h39.

Líderes católicos filipinos e representantes de ONGs expressaram sua indignação nesta segunda-feira com o novo projeto do presidente Rodrigo Duterte de restabelecer a pena de morte e executar diariamente "uma cota de cinco a seis criminosos".

O chefe de Estado é alvo de inúmeras críticas por sua violenta campanha contra o tráfico de drogas e "sua guerra contra o crime", que deixou mais de 5.300 mortos desde sua chegada ao poder no final de junho.

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"Antes existia a pena de morte, e nada acontecia. Vamos aplicá-la todos os dias, em cinco ou seis criminosos", declarou neste fim de semana.

Um alto dirigente da Igreja católica indicou que se opõe aos planos do presidente.

"Os filipinos seriam considerados um país de bárbaros. As Filipinas se converterão na capital mundial da pena de morte", declarou padre JeromeoSecillano, da Conferência de Bispos Católicos filipinos.

A pena de morte foi abolida no arquipélago em 2006 depois e uma intensa campanha da Igreja. Ocatolicismo é a religião de 80% dos filipinos.

Duterte ganhou as eleições presidenciais depois de prometer eliminar milhares de traficantes de droga e restabelecer a pena de morte.

Está previsto que a Câmara de Representantes vote em janeiro sobre o restabelecimento da pena de morte.

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