Donald Trump promete fecundação in vitro gratuita se voltar à Casa Branca
Ex-presidente e atual candidato republicano disse que fará com que companhias de seguro assumam custos do tratamento
Agência de notícias
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 07h41.
Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 07h44.
O candidato republicano Donald Trump prometeu que se vencer as eleições presidenciais de novembro,fará com que o governo ou as companhias de seguros assumam os custos dos tratamentos de fertilização in vitro (FIV)para "todos os americanos que precisem", mas não detalhou como seria o financiamento do programa.
"Hoje, anuncio em uma importante declaração que, sob a administração Trump, o seu governo pagará - ou a sua companhia de seguros será obrigada a cobrir - todos os custos associados ao tratamento de FIV ", disse o magnata na quinta-feira, 29, durante um comício emMichigan.
Tema de campanha
Os direitos reprodutivos têm sido um dos principais pontos fracos deTrump desde que a Suprema Corte, com o apoio de juízes conservadores designados durante o seu primeiro mandato, eliminou em 2022 as garantias federais para o acesso ao aborto.
O tema ganhou mais notoriedade depois que um tribunal do Alabama decidiu em fevereiro que os embriões congelados criados mediante essa técnica devem ser considerados "crianças". Trump disse que apoiava a FIV depois que várias clínicas fizeram uma pausa em seus atendimentos após essa decisão.
"Queremos mais bebês", lançou o magnata, sem dizer detalhes sobre como funcionaria a sua proposta, incluindo de onde sairia o dinheiro para custeá-la.
Mas quando o anúncio foi revelado em uma entrevista à emissoraNBC antes do evento, Trump concluiu que uma opção seria as companhias de seguros assumirem os gastos "sob ordem" do governo.
Poucos americanos têm planos de seguro que cobrem os tratamentos de fertilidade, com custos que superam os 20 mil dólares (R$ 112 mil, no câmbio atual) para uma única rodada de técnicas de FIV de 18 meses.
O ex-presidente sugeriu que, em seu eventual segundo mandato, os novos pais poderão deduzir "os principais gastos do recém-nascido" de seus impostos, proclamando-se "a favor da família".
Trump e sua adversária eleitoral, a vice-presidente democrata Kamala Harris, estão fazendo campanha em estados indecisos esta semana, quando entram na fase mais intensa da corrida pela Casa Branca.
Durante um comício na Geórgia, Kamala advertiu a seus seguidores que Trump sancionaria uma proibição nacional do aborto se vencer o pleito.