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Doente em Cuba, Chávez falta à festa da própria posse

Presidente venezuelano segue acamado enquanto seus partidários se preparam para uma grande demonstração de apoio

Apoiador do presidente venezuelano, Hugo Chávez, segura crucifixo perto da imagem de Chávez e do ex-líder Fidel Castro (D), em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 10h34.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez , segue acamado em Cuba enquanto seus partidários se preparam para uma grande demonstração de apoio no dia em que ele deveria tomar posse para um novo mandato de seis anos, nesta quinta-feira.

O adiamento da posse, inédito na história venezuelana, ilustra a gravidade do estado de saúde de Chávez, que já passou por quatro cirurgias em decorrência de um câncer na região pélvica.

O vice-presidente Nicolás Maduro, um ex-motorista de ônibus já apontado por Chávez como seu herdeiro político, comanda interinamente o país.

"Gente viajando a pé, os humildes, os patriotas... Amanhã vamos nos manifestar, um povo orgulhoso com um slogan: somos todos Chávez!", disse Maduro na noite de quarta-feira, em uma reunião ministerial transmitida pela TV.

O presidente socialista, figura onipresente na mídia local desde sua ascensão ao poder em 1999, não é visto ou ouvido em público desde a cirurgia de 11 de dezembro.

Os 29 milhões de venezuelanos agora acompanham nervosamente aquele que pode ser o último capítulo na extraordinária vida de Chávez, que cresceu em uma humilde moradia rural para se tornar um dos mais conhecidos chefes de Estado do mundo.

A saga também tem enormes implicações para Cuba e outros países com governos de esquerda, que se beneficiam do petróleo subsidiado e de outras generosidades chavistas.

Vários amigos estrangeiros, incluindo os presidentes esquerdistas do Uruguai, Bolívia e Nicarágua, devem participar dos eventos de quinta-feira em Caracas, apesar da ausência de Chávez.


As autoridades convocaram a população para ocupar os arredores do palácio presidencial de Miraflores. "Levem suas canções, levem seus cartazes, para que todos saibam que estamos ao lado de Chávez nesta revolução", disse o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

A oposição venezuelana está furiosa com o que vê como uma manipulação da Constituição por parte do chavismo, para evitar a nomeação de um presidente interino devido à ausência de Chávez na quinta-feira.

Henrique Capriles, candidato derrotado por Chávez na eleição presidencial de outubro, disse no entanto que a oposição não pretende realizar uma manifestação paralela, devido ao risco de violência.

"Não convocar as pessoas às ruas não é um sinal de fraqueza, mas de responsabilidade", disse ele a jornalistas. "Quem lucra com um cenário de conflito? Eles ganham, os pseudolíderes que não são donos do país, nem da sua soberania." A embaixada dos EUA em Caracas aconselhou os cidadãos norte-americanos na Venezuela a terem cautela nos próximos dias.

Um militar venezuelano de alta patente disse à TV estatal que a segurança nas fronteiras está sendo reforçada, e que as forças de segurança estão presentes para transmitir "uma sensação de paz e tranquilidade".

O governo divulga poucos detalhes sobre o estado de Chávez, o que alimenta rumores. Na quarta-feira, autoridades reguladoras da mídia informaram que o canal de oposição de TV Globovision será alvo de um procedimento administrativo por "gerar ansiedade" com sua cobertura da doença do presidente.

A versão governamental é de que Chávez sofreu complicações depois da última cirurgia, incluindo uma severa infecção pulmonar, mas que está reagindo. Pelo Twitter, no entanto, correm especulações de que ele estaria sobrevivendo por aparelhos, ou correria o risco de uma falência generalizada dos órgãos.

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O adiamento da posse, inédito na história venezuelana, ilustra a gravidade do estado de saúde de Chávez, que já passou por quatro cirurgias em decorrência de um câncer na região pélvica.

O vice-presidente Nicolás Maduro, um ex-motorista de ônibus já apontado por Chávez como seu herdeiro político, comanda interinamente o país.

"Gente viajando a pé, os humildes, os patriotas... Amanhã vamos nos manifestar, um povo orgulhoso com um slogan: somos todos Chávez!", disse Maduro na noite de quarta-feira, em uma reunião ministerial transmitida pela TV.

O presidente socialista, figura onipresente na mídia local desde sua ascensão ao poder em 1999, não é visto ou ouvido em público desde a cirurgia de 11 de dezembro.

Os 29 milhões de venezuelanos agora acompanham nervosamente aquele que pode ser o último capítulo na extraordinária vida de Chávez, que cresceu em uma humilde moradia rural para se tornar um dos mais conhecidos chefes de Estado do mundo.

A saga também tem enormes implicações para Cuba e outros países com governos de esquerda, que se beneficiam do petróleo subsidiado e de outras generosidades chavistas.

Vários amigos estrangeiros, incluindo os presidentes esquerdistas do Uruguai, Bolívia e Nicarágua, devem participar dos eventos de quinta-feira em Caracas, apesar da ausência de Chávez.


As autoridades convocaram a população para ocupar os arredores do palácio presidencial de Miraflores. "Levem suas canções, levem seus cartazes, para que todos saibam que estamos ao lado de Chávez nesta revolução", disse o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

A oposição venezuelana está furiosa com o que vê como uma manipulação da Constituição por parte do chavismo, para evitar a nomeação de um presidente interino devido à ausência de Chávez na quinta-feira.

Henrique Capriles, candidato derrotado por Chávez na eleição presidencial de outubro, disse no entanto que a oposição não pretende realizar uma manifestação paralela, devido ao risco de violência.

"Não convocar as pessoas às ruas não é um sinal de fraqueza, mas de responsabilidade", disse ele a jornalistas. "Quem lucra com um cenário de conflito? Eles ganham, os pseudolíderes que não são donos do país, nem da sua soberania." A embaixada dos EUA em Caracas aconselhou os cidadãos norte-americanos na Venezuela a terem cautela nos próximos dias.

Um militar venezuelano de alta patente disse à TV estatal que a segurança nas fronteiras está sendo reforçada, e que as forças de segurança estão presentes para transmitir "uma sensação de paz e tranquilidade".

O governo divulga poucos detalhes sobre o estado de Chávez, o que alimenta rumores. Na quarta-feira, autoridades reguladoras da mídia informaram que o canal de oposição de TV Globovision será alvo de um procedimento administrativo por "gerar ansiedade" com sua cobertura da doença do presidente.

A versão governamental é de que Chávez sofreu complicações depois da última cirurgia, incluindo uma severa infecção pulmonar, mas que está reagindo. Pelo Twitter, no entanto, correm especulações de que ele estaria sobrevivendo por aparelhos, ou correria o risco de uma falência generalizada dos órgãos.

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