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Diplomatas alertam para menor influência britânica no mundo

Documenta afirma que o Reino Unido é "cada vez mais insular e ensimesmado: internacionalista incerto, deixado de lado na Síria e inefetivo na Ucrânia"

Reino Unido: "A verdade é que o Reino Unido é um ator internacional muito significativo" (Dan Kitwood/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 11h36.

Um relatório elaborado por antigos diplomatas e altos funcionários, publicado nesta segunda-feira em Londres, alerta para a queda da influência do Reino Unido no mundo.

"O Reino Unido é cada vez mais insular e ensimesmado: internacionalista incerto, deixado de lado na Síria, inefetivo na Ucrânia, reticente na Europa, adverso aos refugiados", afirma o documento, elaborado pela comissão diplomática da London School of Economics (LSE).

Entre os autores do texto está Christopher Meyer, que foi embaixador em Washington, Pauline Neville-Jones, ex-presidente do comitê de inteligência do parlamento, e Frank Judd, ex-secretário de Estado das Relações Exteriores.

O país, afirma o informe, tem as armas para possuir um papel no mundo: "A verdade é que o Reino Unido é um ator internacional muito significativo".

"Quinta maior economia do mundo e centro financeiro mundial, classificado entre os dez primeiros em infraestruturas, competitividade e facilidade para fazer negócios, e segundo em inovação", recordam os autores, citando, além disso, que é uma potência nuclear, membro permanente do Conselho de Segurança e o país "com mais territórios de ultramar".

"Tudo isso deveria resultar em um país de acordo com seu atual status como Estado independente, forte e seguro de si mesmo, invés de um país obcecado com suas supostas glórias do passado", acrescentam.

"A crise de confiança se tornou uma crise de identidade e a política externa britânica carece de um propósito claro".

Os autores são particularmente críticos com reticências de Londres em relação à Europa, em particular do governo do conservador David Cameron, que prometeu realizar um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia até o fim de 2017.

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Entre os autores do texto está Christopher Meyer, que foi embaixador em Washington, Pauline Neville-Jones, ex-presidente do comitê de inteligência do parlamento, e Frank Judd, ex-secretário de Estado das Relações Exteriores.

O país, afirma o informe, tem as armas para possuir um papel no mundo: "A verdade é que o Reino Unido é um ator internacional muito significativo".

"Quinta maior economia do mundo e centro financeiro mundial, classificado entre os dez primeiros em infraestruturas, competitividade e facilidade para fazer negócios, e segundo em inovação", recordam os autores, citando, além disso, que é uma potência nuclear, membro permanente do Conselho de Segurança e o país "com mais territórios de ultramar".

"Tudo isso deveria resultar em um país de acordo com seu atual status como Estado independente, forte e seguro de si mesmo, invés de um país obcecado com suas supostas glórias do passado", acrescentam.

"A crise de confiança se tornou uma crise de identidade e a política externa britânica carece de um propósito claro".

Os autores são particularmente críticos com reticências de Londres em relação à Europa, em particular do governo do conservador David Cameron, que prometeu realizar um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia até o fim de 2017.

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